`` Estudando a verdade que liberta ´´

Treinamento de Discipulado

12-11-2010 20:38

stes estudos estão voltados para a formação de um seguidor (discípulo) de Jesus, bem como o seu conseqüentearrastaram Jáson e alguns irmãos à presença dos(Atos 17:6).Pastor... pastor... o moço do sacolão!O que houve com o moço do sacolão, irmã Sara __ perguntei-lhe.O moço do sacolão disse que gostaria de aceitar Jesus. Eu estava falando de Jesus e ele me disse que desejaE por que a senhora não lhe apresentou o Plano de Salvação? Ela fez uma cara de estranheza. É que euo mais pequeno virá a ser mil e o mínimo,não prosperará nenhuma arma forjada contra ti (...), e as portas do inferno não prevalecerão(Is. 54:17; Mt. 16:18).um aroma de Cristo (II Co. 2:15).João, meu filho, qual é sua religião?Ah, dona Flora, eu era da Igreja Católica, mas ultimamente estou meio decepcionado e até pensando emOh, João, meu filho! Em nossa igreja estamos fazendo estudos bíblicos e, se você quiser, vou fazê-los comAh! quero sim, dona Flora!nisto é glorificado o meu Pai, é impactante! Nesse caso, quem não produz muitovadesindo. Para mim, tanto faz. O que importa é o seguinte: No vades ou indo houve produção? E que tipo deà unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de. É dar assistência a uma pessoa, procurandoPágina.1. Proporcionará, a você mesmo, crescimento doutrinário e espiritual. O primeiro grande beneficiado é o: Uma igreja que treine um grupo de 10 pessoas, sendo queo. Trimestre: 15 discípulos (os 10 treinados, mais 5 novos discípulos)o. " 22 "o. " 33 "o. " 50 "Primeiro, no afã de compartilhar as experiências, a gente enaltecesegundo,terceiro,quarto motivo é quandoDeus não Se deixa escarnecer e que colhemos exatamente o que semeamos. Mar. Luc. João Outros

 

Treinamento de Discipulado

 

Pr. Joselito Sena

 

INTRODUÇÃO

 

E

treinamento para multiplicar-se, e está dividido em duas partes principais: Uma de conscientização e motivação,

e outra de treinamento prático. A primeira é o embasamento bíblico, e a segunda é a orientação pratica desses

princípios.

Convido-o a conscientizar-se de que este ministério demanda paciência e persistência, lembrando do

princípio bíblico de que "tudo tem o seu tempo". Confie que está obedecendo ao Senhor e colha os abençoados

resultados!

Examinemos, à luz da Palavra, o que fez do discipulado um sucesso na Igreja Primitiva.

Paulo e Silas chegaram a Tessalônica, e tão grande foi o impacto do seu trabalho que os judeus moveram

uma perseguição contra eles e, como não os encontraram,

magistrados da cidade, clamando: Estes que têm transtornado o mundo chegaram também aqui

O Espírito Santo separara a Paulo e a Barnabé, e eles realizaram a primeira viagem missionária (At. 13).

Em Atos 17, eles são conhecidos como aqueles que têm transtornado o mundo. A i\Igreja de Antioquia resolveu

viver o verdadeiro cristianismo, fazendo e enviando discípulos, e o impacto é causado em todo o mundo.

Essa revolução chega a Tessalônica. Entretanto, algo mudou anos depois: Essa revolução perde ímpeto, a igreja

se institucionaliza, vieram a Reforma Protestante e os movimentos "avivalistas" de séculos passados,

mas parece que a igreja outra vez volta às "quatro paredes".

Ultimamente a ênfase no discipulado voltou a ocupar a atenção do povo de Deus. Pessoalmente temos

vivido essa experiência, e é o que pretendemos compartilhar a seguir.

No caso desta Igreja, faremos deste encontro a mola propulsora para as outras etapas, visto que iniciaremos

uma classe de evangelismo no próximo mês. Todos os membros da sede que o desejarem participarão

daquela classe e, além de ministrarmos o treinamento de evangelização pessoal, faremos o acompanhamento

dos que estiverem praticando o discipulado. No próximo ano, possivelmente, o discipulado será acrescentado

ao currículo do Instituto de Educação.

 

1. ESCOLHIDOS, NOMEADOS E ENVIADOS

 

Reflita em JOÃO 15:16, e responda:

a) Você escolheu ou foi escolhido por Jesus? ___________________________________________________

- Jesus diz ainda que fomos citados nominalmente!

b) Para que Jesus nos escolheu? _____________________________________________________________

c) Que tipo de fruto Jesus espera que produzamos? ______________________________________________

 

2. O DIFÍCIL CAMINHO DA DESCOBERTA

 

Aconteceu em Muriaé. O ano de 1986 terminou e concluí o relatório do rol de membros da igreja. Havia

iniciado o ano com 207 membros e o findava com 206, um membro a menos. Batizei apenas 10 pessoas naquele

ano.

Certamente algo estava errado, pois, naquele ano, havíamos realizado intensas campanhas evangelísticas,

sendo que em uma delas, em parceria com outra igreja da cidade, anotamos 736 nomes de novos decididos.

Onde estariam eles? Somente dois foram batizados, e um excluído depois.

Naquele ano, em apenas uma semana, havíamos distribuído dezoito mil folhetos, cinco mil evangelhos e

trezentos novos testamentos. Contudo, apenas uma pessoa foi batizada e também excluída depois. A igreja

tinha quatro congregações, e eu semanalmente deslocava um grupo para assisti-las, porém, essas congregações

não cresciam, não batizavam, e cada vez precisavam de mais assistência e maiores investimentos.

Eu fazia o que me parecia certo, desafiador e honesto, mas os resultados eram desanimadores.

 

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Na busca por uma resposta tomei diversas atitudes drásticas, desde responsabilizar a igreja, como fechar

o templo no domingo à noite e levar os membros para a praça da cidade. Mas nem isso trouxe resultados significativos

e o povo não reagia.

Deus estava me preparando para uma tremenda descoberta dos seus princípios de evangelização, discipulado

e crescimento da igreja, mas eu não entendia.

Recebemos a visita do Pr. José Calixto Patrício e, entre outras orientações, ele falou-me sobre a importância

e qualidade do tempo dedicado a Deus através da oração. Ofereceu-me o livro "Poder Através da Oração",

de E. M. Bounds, o qual me levou a reavaliar o meu tempo com Deus e a envolver a igreja no aprendizado

e prática da oração.

Em seguida, participei de um mutirão de evangelismo na cidade de Barra do Corda (MA), promovido

pela Junta de Missões Nacionais, onde um dos membros do grupo me deu a “pista” de como praticar o discipulado.

Depois, li livro "Multiplicando Discípulos", de Waylon Moore, tendo também a oportunidade de ser

treinado por ele e outros homens de Deus, como o Pr. Thomas Wade Akins e David Cornifield. Desse modo,

as coisas começavam a clarear para mim. Adaptei e adeqüei o método à minha realidade e da igreja. Nesse

mesmo ano implantamos também o ministério com Grupos de Comunhão. Aí aconteceu!... Havia sucessivas

conversões, os novos convertidos eram discipulados, integrados aos Grupos de Comunhão e à igreja, e passavam

imediatamente a discipular outros; também muitos de seus familiares se convertiam; esposos e esposas

de membros da igreja (pelos quais se oravam há anos vieram também a se converter... foi uma revolução

missionária na igreja).

Findamos o ano com 92 batismos, além das reconciliações e reintegração de membros afastados. Era

uma alegria contagiante. Aquela igreja fria, com ar de derrota, despertou e o templo superlotou. Havia visitantes

e conversões até nos cultos de oração. Foram 182 novos membros (por batismo) num período de dois

anos. Uma das congregações foi organizada em Igreja.

Para atender à necessidade de acomodação dividimos a escola bíblica em dois horários e instalamos circuito

fechado de TV para os cultos à noite (principalmente nos dias especiais). O discipulado empolgava os

membros da igreja. Atingíamos agora seis classes de treinamento na escola bíblica, com uma média de 150

alunos (no discipulado).

A próxima etapa foi no pastorado na PIB em Cel. Fabriciano.

Nesse novo ministério, apesar dos resultados serem menores, mesmo assim, em dois anos e cinco meses,

batizamos 81 pessoas.

A próxima experiência foi na Igreja Batista de Acari, no Rio de Janeiro. Acari era uma igreja com cerca

de 700 membros, na época; uma admirável folha de serviço e campanhas de ofertas missionárias, um grande

patrimônio, saindo de um período de longo pastorado.

Ali chegamos à casa dos 500 batismos e mais de 200 membros da igreja treinados no ministério de discipulado.

Alguns deles alcançaram à quarta, quinta e sexta gerações e continuam discipulando outros (até hoje).

Houve membros que discipularam mais de trinta pessoas (cada um). O atual pastor converteu-se, foi discipulado,

casado e ordenado ao ministério naquele período. Durante aquele ministério foram organizadas duas

novas igrejas.

A experiência na PIB do Barreiro foi diferente em virtude de ter encontrado a mesma no Ministério de

Igreja em Células, porém, por questões éticas preferimos não tecer maiores comentários, apesar de ali terem

sido batizadas mais de duzentas pessoas durante o nosso ministério e organizada uma Igreja com 90 membros.

Espero que este trabalho contribua para a bênção que você está esperando para o seu ministério. Receba os

testemunhos aqui descritos somente como a comprovação de que é uma obra de Deus. Que Ele sempre o fez, está

fazendo e o fará com todo aquele que obedecer à ordem do seu Filho: “Fazer discípulos”. Deus vai abençoá-lo

também. Sua Palavra diz que “Ele é galardoador de todos os que O buscam", que aquele "que ceifa recebe galardão,

e ajunta fruto para a vida eterna". Então chegou sua hora também. Com toda certeza, Deus já está operando

através de sua vida e este material chega às suas mãos como um complemento ou, quem sabe, até, uma confirmação

de que você já está no caminho certo para "dar muito fruto".

Veremos, a seguir, exemplos do discipulado e expansão da Igreja em o Novo Testamento.

 

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2. O DISCIPULADO

EM O NOVO TESTAMENTO

 

O Novo Testamento demonstra que a principal missão da Igreja é fazer discípulos: Mat. 28:18-20. Os

exemplos a seguir comprovam que este foi o método de Jesus, e que deve ser praticado por todos que se tornam

seus seguidores (discípulos).

2.1. Quantos foram os primeiros apóstolos de Jesus? Mc. 3:14a - ______

- Note que Jesus não começou pela liderança religiosa e nem com a sociedade proeminente. Estes foram alcançados

e envolvidos mais tarde. Assim, Jesus demonstrou que o discipulado pode ser ministrado a pessoas

de todas as classes sociais. Aos pastores que alegam não terem membros da Igreja realmente empenhados, e

que o grupo que demonstra interesse pelo evangelismo é sempre muito pequeno, lembro que Jesus não começou

com uma multidão, mas, sim, com apenas doze, os quais, aos olhos humanos, não eram a chamada “nata”

social. Dificilmente os escolheríamos, pois eram: pescadores, cobradores de impostos, homens temperamentais

e incultos para um empreendimento que alcançaria governadores, presidentes, reis e revolucionaria o

mundo. Desse modo, reafirmo, que o Reino de Deus pode ser expandido com qualquer pessoa, de qualquer

classe social, religiosa, política, estatura ou cor, que se ponha em Suas mãos e se deixe usar por Ele.

2.2. Para que Jesus os nomeou? - Observe que o texto tem dois objetivos:

2.2.1. Mc. 3:14b - ________________________________________

2.2.1. Mc. 3.14c - _________________________________________

- Antes de saírem para pregar, eles precisavam "estar com Jesus". Talvez aqui resida o fracasso de muitos

pregadores e discipuladores: sair para enfrentar "as portas do inferno" sem terem estado com Jesus. É verdade

que Jesus começou com homens simples e incultos, mas também é verdade que o segredo do sucesso no

discipulado é o tempo que se passa com Jesus. Sobre esse assunto falarei mais adiante.

2.3. Após a ascensão de Jesus, a quanto foi elevado o número de discípulos? At. 1:15 - ________________

- Notamos aí uma multiplicação de 12 vezes 10. Jesus não começou com uma multidão, mas seus discípulos

deveriam se multiplicar. E foi o que aconteceu: Agora eles são 120.

2.4. Após a mensagem de Pedro, quantas novas pessoas se uniram à Igreja? At. 2:41 - _________________

- Você se lembra quem levou Pedro a Jesus? (João 1:40-42). André agora se multiplica através de Pedro, em

quase três mil almas. É comum acontecer que muitos, após serem levados a Cristo, se multiplicam em milhares

de outras vidas. Invista no discipulado porque "é Deus quem dá o crescimento" (I Co. 3:6-7).

2.5. Em quais dias da semana a Igreja crescia? At. 2:47 - ________________________________________

- A Igreja não esperava até domingo, no culto da noite, no final do sermão do pregador, para alguém ser salvo.

Havia o crescimento diário da Igreja. Quando temos grupos de discipuladores ou Grupos de Comunhão,

experimentamos o crescimento da igreja em diferentes dias da semana, através dos seus membros que vão se

multiplicando nos lares, escolas e locais de trabalho.

2.6. O discipulado resultou na formação de um grupo de quantos homens? At. 4:4 - ___________________

- Aqui temos os dados quantitativos apenas dos homens, sem as mulheres, tão grande era esse número. Constata-

se então o impressionante crescimento da Igreja, apesar da oposição e perseguição predominantes.

2.7. Como se tornava a Igreja mediante a ação discipuladora dos seus membros? At. 5:14 - _____________

_______________________________________________________________________________________

- Agora as mulheres são também incluídas: Era uma multidão crescendo cada vez mais!

2.8. Apesar de proibirem os apóstolos falar no nome de Jesus, o que as autoridades reconheceram que os

discípulos fizeram em Jerusalém? At. 5:28 - ____________________________________________________

- A Igreja que discipula e realiza encontros de Grupos de Comunhão, se multiplica por bairros e ruas, condomínios

fechados e favelas, apartamentos, mansões, becos e valados. Vidas preciosas para Deus são alcançadas

ali mesmo onde estão. A igreja "enche a cidade da doutrina" do Senhor. Ela "mina as bases do inferno".

 

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2.9. Conforme Atos 6:1 “crescia o número de ____________________”.

- Os novos convertidos não eram apenas agregados à Igreja. Eles eram discipulados; tornavam-se discípulos

do Senhor.

2.10. Os discípulos eram somados ou multiplicados? At. 6:7 _________. - Exemplo 5+5=10; porém,

5x5=25. O membro da igreja não deve ser somado em apenas mais um (o que seria um grande resultado).

Eles devem ser multiplicados. Em nossa experiência ministerial temos visto membros se multiplicando em

outros cinco, dez... e até caso de diversos irmãos que discipularam mais de trinta outras pessoas.

2.11. Qual foi a produção da "boa terra" na "Parábola do Semeador"? Mt. 13:23: Um produziu

_____________; outro produziu ______________; e o outro produziu _______________.

- A verdade é que temos três tipos de produção na boa terra. Em qual dessas situações você se encontra no

momento? Você poderia mostrar, pelo menos, seus trinta frutos para o Reino de Deus? Isso não quer dizer

que pretendemos ser "literais" quanto aos números aqui apresentados, mas os tomamos apenas como referencial

de multiplicação, uma vez que foram citados por Jesus.

2.12. Conforme Isaías 60:22, qual é a promessa do Senhor para:

a) O mais pequeno _____________________________________________________________________

b) O mínimo _________________________________________________________________________

- Entre os componentes de minha primeira classe de discipulado em Muriaé, estava também a irmã Sara, uma

senhora de aproximadamente sessenta anos de idade, baixinha, analfabeta, rosto enrugado e marcado pelos

sofrimentos e provações da vida. Eu ficava meio incomodado com sua presença ali, principalmente porque na

ministração dos estudos de discipulado precisamos ler e escrever. A expressão facial dela era de quem estava

entendendo quase nada do treinamento. Porém participava de todos os treinamentos, apesar de não ler, não

anotar e nem fazer qualquer pergunta. Quando o grupo estava pronto para começar o discipulado não dei para

a irmã Sara o nome de ninguém para ser visitado ou acompanhado. Entretanto, numa manhã, ela chegou ofegante

ao meu gabinete, dizendo:

 

__

 

__

 

__

entregar a vida para Jesus.

 

__

não lhe havia ensinado o Plano de Salvação. Então, fui com ela àquele sacolão e, de fato, “o moço” queria

aceitar Jesus. Apresentei-lhe o Plano de Salvação e ele, ali mesmo, entregou sua vida ao Senhor. Integrou-se

à igreja, foi discipulado e batizado. A esposa dele também se converteu, foi discipulada e batizada; da mesma

forma, a filha e uma irmã dele. Houve um período em que a esposa dele esteve discipulando cinco novos

convertidos. Outras pessoas se converteram próximo àquela casa e abri um Grupo de Comunhão com os novos

crentes da região onde ele morava, vindo, o Mário Veloso (o moço do sacolão), a ser o líder daquela nova

frente de expansão da igreja.

Quem foi o principal instrumento de Deus para alcançar aquelas vidas preciosas? Sara, exatamente ela,

com todas as suas limitações naturais, culturais e físicas. O Grupo de Comunhão que funcionava em sua casa

era o mais concorrido, porque ela, na sua simplicidade, fazia o trabalho de visitação, convite e amizade, envolvendo

e atraindo muita gente. Cumpriu-se nela, literalmente,

uma nação forte.

 

2.13. Por quais lugares os discípulos anunciaram a Palavra? At. 8:4 - _______________________________

- No discipulado acontece a expansão da igreja por toda parte: Casas, apartamentos, condomínios fechados,

favelas, becos, meio rural... onde houver uma vida preparada para ouvir a Palavra de Deus será possível descobri-

la e alcançá-la, porque cada discipulador desenvolverá a consciência de buscar um novo discípulo e não

esperar que este venha até ele.

2.14. Leia Atos 9:31 e responda:

a) Onde são encontradas igrejas? __________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________

b) O que tinham essas igrejas? ____________________________________________________________

c) O que lhes acontecia? _________________________________________________________________

 

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- Paz e multiplicação são o resultado natural para as igrejas que discipulam. Cumpre-se então a Palavra de

Deus quando diz

contra ela

2.15. Quantas vidas se converteram em Lida e Sarona? At. 9:35 ______

- Temos dois casos na Bíblia em que toda uma cidade se converteu ao Senhor com a pregação de um homem

de Deus. O primeiro foi Nínive, com a pregação do profeta Jonas, e o outro é este aqui, em que duas cidades

inteiras se convertem. Deus continua atuando e querendo salvar cidades inteiras. Ele procura homens e mulheres

que resolvam obedecer à sua Palavra. Comece ainda hoje.

2.16. Onde, em Jope, foi anunciado o Evangelho? At. 9:42 - _____________________________________

- A ação discipuladora deve se dirigir a toda a cidade. Aliás, isso só é possível, mesmo, através do discipulado

e de pequenos grupos nos lares, visto que, na maioria das vezes, a igreja tem em seu rol membros que moram

bairros distantes e estes, quando treinados, evangelizam, discipulam e dão assistência às pessoas de sua

região.

2.17. Que número de conversões houve em Antioquia? At. 11:21- _________________________________

2.18. Conforme At. 17:6, o que os próprios incrédulos afirmaram que os apóstolos fizeram em todo o mundo?

____________________________________________________________________________________

- Outra interpretação para "transtornado o mundo" é “virado o mundo de pernas para o ar” ou ainda “revolucionado

o mundo”. E aqui está a base para a nossa compreensão do discipulado, uma revolução que se iniciou

em Antioquia e agora é reconhecida pelos tessalonicenses como tendo "revolucionado o mundo" e chegado

até eles. O ministério de discipulado, que você realizar, não se restringirá à esfera de sua igreja. Você se

tornará um canal de bênção para outros pastores e igrejas. Deus começará uma revolução no seu ministério

que se refletirá por outros lugares do mundo, como

2.19. Quantas e que classes de pessoas se converteram como resultado dessa revolução missionária? At.

17:12 - _________________________________________________________________________________

- Treinei a irmã Maria do Socorro. Ela discipulou a irmã Sônia, que naquele período estava meio afastada das

atividades da igreja. Ela era professora de educação física na cidade; o seu esposo, médico, não era batizado,

apesar de freqüentar os cultos. Maria do Socorro e Sônia se uniram e foram discipular Hilda (uma nova convertida).

As duas filhas da Hilda também se converteram e foram batizadas. Foi neste período que o esposo

da Sônia, com quem eu já vinha trabalhando há quase cinco anos, tomou a decisão de tornar pública sua fé

(pelo batismo), juntamente com uma filha. Abrimos um Grupo de Comunhão na residência da Hilda, a qual

deslanchou! Tivemos que multiplicá-lo em dois, depois o segundo foi multiplicado em outros dois, sendo que

o terceiro veio a produzir o quarto grupo, que produziu o quinto Grupo de Comunhão. Tudo começou com a

irmã Maria do Socorro (uma senhora muito amável, porém tímida), a qual se uniu a Sônia que discipulou

Hilda... bem, você já sabe. Foi nesse ano que batizei 92 pessoas. A grande importância desse resultado não

está no número de batismos, mas no fato de os batizandos serem discipulados, integrados e multiplicados,

tornam-se frutos que permanecem (João 15:16), porque de nada adianta batizar muitos se poucos permanecerem.

2.20. Quantas vidas Deus tem ainda nesta cidade para converter? At. 18:10 - _________________________

- Ouvi, certa vez, um pregador afirmar que não existem campos difíceis, existem, sim, líderes difíceis. Há

colegas que dizem: “mas o povo daqui é diferente, eles não se importam com o Evangelho, os membros desta

igreja não se empenham com o evangelismo... é um lugar muito difícil”. Deus sempre tem corações preparados

para ouvir a mensagem. E tanto é verdade que outro grupo religioso chega e arrebanha seus adeptos (justamente

naquele lugar tido como “difícil”). A palavra do Senhor aos nossos corações é que Ele tem muito

povo em nossa cidade ou bairro. O que precisamos é reavaliar nossa estratégia e, principalmente, nossa dependência

de Deus.

2.21. O que fazia Paulo em Roma, mesmo preso? At. 28:31 - _____________________________________

- Conforme vemos, Paulo estava preso e não esperou ser solto para pregar o Evangelho. Ali mesmo, algemado

a um soldado, ele anunciava o Evangelho "sem impedimento algum".

A irmã Flora era uma senhora com complicações de saúde nas áreas ortopédica, neurológica e cardíaca.

Constantemente tinha fortes crises e baixava ao hospital, muitas vezes inerte. Pessoalmente, era uma doçura

 

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de pessoa e uma dedicada serva do Senhor. Aconteceu que o fogão da sua casa apresentou defeito, sendo

convidado um técnico para consertá-lo. Enquanto observava o trabalho daquele homem ela lhe perguntou:

 

__

 

__

procurar outra religião.

 

__

você.

 

__

Então, no dia seguinte, Flora, acompanhada de uma de suas filhas, apesar de todas as suas limitações físicas,

subiu um imenso morro (a mais 1 km de sua casa) e foi ministrar discipulado a João e a esposa dele. Os

dois foram ao culto de oração (numa quarta-feira), entregaram suas vidas a Jesus e depois foram batizados.

Converteram-se, e também foram batizados, os dois filhos do casal, uma família de vizinhos do lado direito,

outra família do lado esquerdo e outra em frente à casa do João, além de membros de outras famílias. Se a

irmã Flora fosse esperar até ficar curada de todas aquelas enfermidades, dificilmente seria um instrumento de

Deus para discipular tantas pessoas.

Foi criado um Grupo de Comunhão naquele local e João veio a ser o seu líder. Este Grupos de Comunhão

cresceu e depois teve que ser desdobrado em dois.

Agora chegamos a um ponto de profunda reflexão. Deixe que o Espírito Santo fale ao seu coração e responda:

2.22. Como podemos glorificar o nome do Pai? João 15:8 - ______________________________________

- Esta afirmação de Jesus:

fruto é uma desonra para Deus. As conseqüências dessa desonra ao Pai estão relacionadas no próximo ponto.

Lembramos que, ainda que nesse texto possamos encontrar evidência da produção do "fruto do Espírito",

conforme Gl. 5:22-23, o fundamento desse ensino é sobre a produção de vidas para o Reino de Deus.

2.23. O que acontece a quem não produz muito fruto? João 15:2, 5-6 - ______________________________

_______________________________________________________________________________________

2.24. Para você, Jesus disse essas palavras apenas para impressionar? _______ nesse caso, elas são verdadeiras

ou falsas? ______________. Então, como estaria sua vida neste momento? Em que etapa você estaria?

_______________________________________________________________________________________

- Ressalvamos que as conseqüências de não produzir muito fruto (nesse texto) se aplicam à perda da comunhão

com Deus e de suas bênçãos espirituais, como é confirmado no verso 16, e não se trata da perda da salvação

ou de que o crente será lançado no fogo do inferno por ser improdutivo. Entendemos que ele será cortado

da comunhão com Deus, será colhido pelas conseqüências desse desligamento espiritual, perderá a alegria

da salvação, terá uma vida seca e será colhido pelo vazio e tormento dessa condição espiritual. Recomendamos

a leitura dos seguintes textos para confirmar a certeza da salvação e os prejuízos espirituais daquele

que ignora a santificação e, em desobediência à Palavra de Deus, constrói mal sua “casa”: João 5:24;

10:27-29; I Cor. 5:5; 3:11-15; I Pedro 4:12-17; Heb. 10:25-31; 12:1-29.

2.25. Para que Jesus nos escolheu? João 15:16a - _______________________________________________

- Nota-se que a ênfase é ir e dar fruto. Tem havido uma discussão a respeito do tempo do verbo ir: se é

 

ou

produção? É muito fácil apresentar um relatório de milhares de folhetos distribuídos, como já o fiz; ou de dezenas

de casas pedindo estudos bíblicos. A minha pergunta continua sendo: Qual foi o resultado? Onde estão

os frutos? Eles permaneceram? Estão produzindo outros frutos? Bem, se sua resposta é positiva, então sua

conta nos céus não tem limites. Jesus disse que você receberá "tudo" o que pedir ao Pai em nome dele! Esta

deve ser a resposta do próximo ponto.

2.26. Qual é o resultado de produzirmos "fruto que permaneça"? João 15:16b - _______________________

_______________________________________________________________________________________

- Sabemos que há outras condições estabelecidas (na Palavra) para alguém receber tudo o que pedir, conforme

João 15:7 e outros textos. O que salientamos aqui é que há uma bênção especial para quem produz fruto

que permaneça. Isso porque, volto a lembrar, as únicas vezes em que a Bíblia registra que há alegria nos

céus, é quando um pecador se arrepende (Luc. 15:7 e 10). E então, vamos alegrar ainda mais os céus?

 

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3. A TAREFA DE “FAZER” DISCÍPULOS

 

Qual é, exatamente, nossa proposta? Jesus ordenou que seus apóstolos fizessem discípulos e lhes ensinassem

todas as coisas que Ele tinha mandado (Mt. 28:19). Jesus queria que os apóstolos fizessem discípulos

à semelhança do que fizera com eles. Ele dera o exemplo; agora os discípulos deveriam imitá-Lo.

Jesus andou com eles, ensinou-lhes sobre perdão, oração, amor, renúncia, Reino de Deus, vida eterna,

missões e outros ensinos básicos da fé cristã. Jesus investiu neles. Jesus deu a sua vida por eles.

Discipulado é, portanto, o fruto de relacionamentos, convivência, acompanhamento, ensino e, principalmente,

transformação e edificação de vidas para chegar

Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo

torná-la semelhante a Cristo: Ef. 4:12-13. Nisso reside uma das grandes responsabilidades do discipulador,

porque ele próprio precisa estar crescendo, tendo como alvo a estatura da medida completa de Cristo.

Numa de suas cartas, Paulo disse que ainda sentia as “dores de parto” pelos crentes da Galácia, e que

“gerou” Onésimo nas suas prisões (Gl. 4:19 e Fm. 10). Muitas vezes, a formação de um discípulo torna-se

para nós como um trabalho de parto. Mas depois que o discípulo “nasce” dá-nos uma alegria indescritível

(João 16:21).

É importante salientar ainda que, no discipulado, buscamos aqueles que Deus tem preparado o seu coração

(como Paulo encontrou Lídia em Filipos: Atos 16:14) a fim de fazê-los discípulos de Jesus. O que pretendemos

dizer com isso é que o nosso alvo deve ser a busca de vidas acessíveis à mensagem ou ao discipulado.

Aqueles que não estiverem preparados, não devem ser “forçados” a ouvir a mensagem ou a se tornar

discípulos de Jesus.

Como isso pode acontecer?

3.1. Relacionar nomes de:

a) Novos convertidos – É comum em nossos cultos que vidas aceitem a Jesus, demonstrando assim interesse

na salvação de sua alma. Esses novos convertidos, muitas vezes, são perdidos nos primeiros dias de vida

cristã para outros grupos religiosos ou simplesmente são abandonados e não são integrados à igreja. Outros

chegam até o batismo, mas não têm crescimento espiritual satisfatório por falta de assistência de um

crente treinado no discipulado. Porém, quando discipulados, não somente têm maiores chances de integração

como também seus familiares podem ser alcançados pelos estudos realizados no seu lar, e eles tendem a se

multiplicar porque também farão discipulado com mais alguém. Como você percebe, o novo convertido é o

nosso primeiro alvo no discipulado.

b) Interessados no Evangelho - Não é necessário ir muito longe para encontrar pessoas perdidas, porém

interessadas no Evangelho de Cristo. Inúmeras delas estão em nossos cultos (muitas vezes semanalmente).

Não fazem uma decisão por falta de maiores esclarecimentos sobre o que seja ser um cristão e por terem certas

dúvidas doutrinárias. Porém, quando recebem a assistência de um evangelista ou discipulador treinado,

essas pessoas tendem a fazer sua entrega a Jesus e a também se tornarem discipuladoras. No meu ministério,

isso tem acontecimento com dezenas de vidas. Aliás, a maioria das decisões que ocorreram foi oriunda de

vidas trabalhadas por um discipulador. Inúmeras vezes, discipuladores me disseram (num culto de meio de

semana): pastor, hoje temos uma pessoa no culto que veio preparada para fazer sua decisão publicamente.

Então, eu só “balanço a árvore e colho os frutos”;

c) Familiares de membros de nossa igreja - É muito grande o número de parentes de irmãos de nossas

igrejas que, se assistidos no seu lar, virão a fazer sua decisão por Cristo.

A irmã Ilma me procurou pedindo que visitasse seu esposo e lhe falasse de Jesus. Eu o fiz e ele se decidiu

e foi batizado. Já a irmã Márcia era uma crente excluída da igreja e meio “arisca”. Uma jovem senhora

inteligente, filha de crentes, mas que se ressentia de algumas lembranças do rigor religioso a que foi submeti

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da na infância. Fizemos um paciente trabalho até ver aquela irmã reconciliando-se e integrando-se à igreja. O

esposo dela, também uma pessoa admirável (porém de formação espírita), aceitou que eu fizesse estudos bíblicos.

Concluí toda a série de estudos e, apesar de ter aceitado a Cristo, não se decidiu para o batismo. Deixei

o pastorado naquela cidade sem vê-lo batizado. Meses depois, recebi um telefonema. Era ele que, alegremente,

me comunicava que iria ser batizado e dizendo-me que eu era a primeira pessoa a receber aquela notícia.

Eu havia batizado também um dos seus filhos. Hoje, são bem-sucedidos empresários, estão firmes no

Senhor e têm uma consideração especial para comigo. Eu também os amo muito. Valeu a pena investir tempo

naquelas vidas e vale a pena investir nos familiares de crentes;

d) Crentes excluídos ou afastados - A Bíblia tem uma promessa especial para quem ajuda um irmão afastado

a voltar para o caminho (Tg. 5:19-20).

Hélio era um gerente de uma empresa de turismo. Ele fez parte do meu primeiro grupo de discipuladores

em Acari (Rio de Janeiro). Ele foi incumbido de discipular Roberto e Valéria Lira, um casal de crentes excluídos

que estava se reconciliando com a igreja. Roberto, além de vir a ser integrado à igreja juntamente com

sua esposa, tornou-se um dos maiores discipuladores de nossa equipe, produzindo dezenas de frutos para o

Reino de Deus. Pouco tempo depois, batizei também a mãe do Roberto; a irmã dele reconciliou-se com a igreja,

batizei seus dois filhos e mais uma sobrinha. Hélio, apesar de ser um homem muitíssimo ocupado, continuou

discipulando e integrando dezenas de vidas à igreja. Uma das pessoas que ele discipulou veio a ser o

patrocinador do discipulado numa igreja batista de um bairro vizinho. São inúmeras experiências que se sucedem.

Você pode imaginar a bênção que é o discipulado para essas pessoas, para a igreja e, principalmente

para o Reino de Deus? Temos todo esse público diante dos nossos olhos. Por que o negligenciamos?

Outro grupo que pode ser nosso alvo é constituído de...

e) Amigos, vizinhos e colegas dos membros da igreja - Esse público, então, é imenso. Tito era relojoeiro

e, como ele mesmo compartilhou: "há 18 anos que eu era crente e nunca tinha levado alguém aos pés de Cristo".

Participou de uma classe de discipulado, apresentou o Plano de Salvação para os colegas de trabalho.

Três deles se converteram, foram batizados e passaram a discipular outros. Um deles tornou-se o líder do discipulado

naquela igreja.

Vemos que o campo realmente está pronto. Faltam-nos os ceifeiros. Eles estão em nossas igrejas, é só

treiná-los e tornar-se-ão abençoados trabalhadores na Seara do Mestre.

3.2. Ministrar estudo na primeira visita - Ao visitar um novo convertido, você deve realizar o primeiro estudo

na primeira visita, ainda que seja uma visão parcial do mesmo. Isso é importante porque demonstra logo

para o discipulando que o assunto é interessante e que o tempo não é longo, como fazem outros grupos religiosos.

Entretanto, quando a visita for para evangelização ou integração de um crente afastado, é importante

que primeiro crie o ambiente, conquiste a simpatia daqueles que estão sendo visitados para, na segunda visita,

ministrar o estudo específico. Evite expressões como: “Gostaria de marcar um estudo com você”; ou “vim

fazer um estudo com você”. Quando iniciar o estudo diga: “trouxe um presente para você... quer ver como

é?... abra na página tal... o que está escrito aí?” Ao concluir, pergunte: “Podemos voltar na próxima semana?”

Dessa forma você inicia o estudo de modo suave e sem criar resistência nos participantes. Eles irão gostar e

desejarão continuar na próxima semana.

3.3. Definir com ele dia e horário das próximas visitas (ter cuidado para não coincidir com o horário de outras

atividades da igreja). Pode-se optar ainda por horário da manhã ou da tarde, conforme a disponibilidade

de cada um.

3.4. Trazê-lo para a classe de integração, apresentá-lo ao dirigente e, nos cultos, sentar-se ao lado dele, ajudando-

o a encontrar os textos bíblicos. Apresente-o a outros irmãos da igreja e conduza-o à organização da

qual deverá fazer parte. Visite-o em outros dias da semana e planeje recreação conjunta.

Lembre-se que discipulado não é realização de estudos, mas relacionamento.

3.5. Caso sua igreja tenha congregação ou Grupos de Comunhão encaminhe-o ao mais próximo e apresenteo

ao respectivo líder.

3.6. Quando fizer estudos na casa dele, incentive-o a convidar parentes e vizinhos para também participarem

do estudo. Você não deve mudar o estudo por causa de mais alguém presente. Tenha o novo convertido

como o principal alvo. Outros convidados poderão assistir, ao mesmo estudo. Em havendo disponibilidade de

tempo, e você percebendo real interesse, poderá combinar, com aqueles que não forem crentes, outro dia e

horário para fazer com eles o estudo apropriado.

 

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O Edson, esposo da irmã Sônia, converteu-se e eu fui discipulá-lo. A Taís, outra nova convertida também

veio participar e convidou a mãe dela, dona Magda. Quando encerrei o primeiro estudo (que era para

novos convertidos), dona Magda disse que iria à igreja no próximo domingo para entregar sua vida a Jesus.

Então eu lhe disse que não precisaria esperar até domingo porque Jesus estava ali conosco, e que ela poderia

entregar sua vida ao Senhor naquele mesmo momento. Ela o fez. Foi batizada depois juntamente com o Edson

e a Taís, sua filha. Em seguida, uma irmã e um sobrinho da irmã Magda também se converteram e foram

batizados. Edson veio a ser um dos líderes dos Grupos de Comunhão que reunia naquela região e o coordenador

do Ministério de Casais da igreja. No discipulado, um novo convertido não somente tem menos chance

de ser perdido como, principalmente, poderá vir a multiplicar-se em muitos outros.

3.7. Oriente-o a não aceitar estudos ou convites de elementos de outros grupos religiosos; e, quando estes

baterem à sua porta, a dizer-lhes que já está estudando a Palavra de Deus e está satisfeito. Ainda que esta recomendação

pareça estranha, ela tem respaldo bíblico, principalmente nos seguintes textos: Mt. 7:15; Rm.

15:20; 16:17-18; Gl. 1:6-9; II João 10.

3.8. Manter controle, isto é, um mapa ou cadastro de discipuladores e discipulandos, inclusive o estágio em

que cada um se encontra: Veja modelo no final desta apostila.

3.9. Comparecer às reuniões de treinamento nos dias definidos pelo líder. Nenhum discípulo deve se achar

auto-suficiente ou que não precisa de treinamentos. Ainda que os estudos lhe pareçam fáceis ou que já saiba

como aplicar o discipulado, seu comparecimento é indispensável, inclusive, pelo que poderá compartilhar

com os demais discipuladores. É nesses encontros que nos miramos nas experiências dos demais discipuladores

ou servimos de referencial para eles. O treinamento de discipulado é um somatório de experiências, como

num corpo cada membro é interdependente do outro.

3.10. Entregue, sistematicamente, o relatório do seu trabalho de discipulado, constando o estágio de estudos

em que se encontra, e experiências ou sugestões que possa compartilhar. No discipulado, por lidarmos com

vidas totalmente diferentes uma das outras, há sempre algo a aprender e repartir. Veja modelo no final desta

apostila.

3.11. Após o treinamento da primeira revista, você deve sair com o seu discipulando para demonstrar-lhe

como aplicar o discipulado a outros novos convertidos. Ao longo do estudo, seu discipulando deverá ministrar

alguns tópicos e depois os estudos completos, até que esteja dirigindo todos os demais estudos, sob sua

supervisão. Algumas vezes você deverá faltar à ministração do estudo para que o seu discipulando comece a

assumir sozinho a ministração dos estudos com o discipulando dele. Ao findar essa revista, ele deverá sair

com aquele novo discípulo para discipular outro novo convertido (ou evangelizar alguém), mas você continuará

relacionando-se com ele e fazendo estudos com o mesmo, bem como acompanhando-o à casa do novo

discípulo onde você o ensinou a discipular. Isto é, você ministrará a ele o curso completo e acompanha-lo-á

na ministração também do curso completo ao próximo discípulo. Ele fará o mesmo com o seu discipulando, e

assim sucessivamente. Dessa maneira estará desencadeada uma poderosa multiplicação de discípulos.

 

4. COMO INICIAR OS ESTUDOS NA

RESIDÊNCIA DE UM DISCIPULANDO

 

Após estudar a primeira lição do material adotado, você deve receber um nome para ser discipulado. Esse

nome é de alguém que pediu visita, ou um estudo bíblico; pode ainda ser um novo convertido ou um crente

afastado. Você está munido do estudo próprio para aquela pessoa, além de caneta, Bíblia, e se faz acompanhar

de um auxiliar (o companheiro de discipulado). Agora se dirige à casa do(s) futuro(s) discípulo(s). Observe

esses passos que, apesar de simples, são fundamentais no trabalho que vai você realizar.

4.1. É imprescindível que você faça contato, antecipadamente, combinando o horário da visita. Ao chegar,

identifique-se e apresente o seu companheiro de equipe. Diga que está fazendo uma visita e gostaria de orar

por ele e sua família. Se não for convidado, peça permissão para entrar por um instante; procure sentar-se de

frente para o discipulando; o auxiliar deve sentar-se ao lado dele para ajudá-lo a encontrar os textos bíblicos

 

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ou compartilhar a Bíblia. Na medida do possível, o seu (ou sua) auxiliar deverá sentar-se ao lado de alguém

do mesmo sexo. Diga que lhe trouxe um presente e entregue-lhe o estudo bíblico; pergunte se ele tem Bíblia

e se há mais alguém em casa e convide-o a participar da oração que você irá fazer.

4.2. Pergunte se algum dos presentes tem pedido de oração, e ore objetivamente, sem frases rebuscadas ou

impostação de voz. A oração precisa ser especificamente em favor dos pedidos apresentados. Inicie o estudo

natural e discretamente. Evite anunciar: “agora vamos iniciar o nosso estudo”.

4.3. Esquive-se de questões polêmicas. Lembre-se que você tem um alvo e ele precisa ser atingido. Caso

surjam essas questões, informe que poderão conversar sobre as mesmas no final do estudo, se houver tempo,

ou em outra data que você combinará. Se não tiver condições de respondê-las busque ajuda e, no momento

adequado, procure atender à curiosidade do discipulando. Lembre-se que tudo é importante para ele. Se você

o valorizar ele também valorizará você.

4.4. Tanto você quanto seu auxiliar devem estar equipados com a Bíblia e o material necessário àquele encontro

(caneta, ficha do decidido, folha de relatório e, é evidente, o material do estudo daquele dia).

4.5. Se o estudo for dirigido ou tiver perguntas, não se apresse em respondê-las. Incentive o discipulando a

encontrá-las. Caso ele tenha deixado respostas em branco ou incorretas no estudo da semana anterior, releia a

questão, releia o texto bíblico e ajude-o a encontrar a resposta.

4.6. O tempo de estudo nunca, mas nunca mesmo, deve passar de uma hora. Se possível, realize-o em menos

tempo. Não importa o quanto o discipulando esteja interessado e você saiba as respostas às suas indagações.

Isso normalmente se converte em arma do inimigo contra o próprio discipulado e você acaba perdendo

aquele novo convertido. Você não precisa exibir conhecimentos. Ministre a cada semana, no período de uma

hora, o estudo e não passe disso, sob nenhum pretexto. Discipline-se a si mesmo, e será abençoado nesse trabalho!

4.7. Se ele lhe servir lanche, você precisará ter cuidado para isso não se constituir em obstáculo nos próximos

encontros. Dependendo da liberdade que tiver, sugira apenas um cafezinho, etc.

 

5. DIFICULDADES, E COMO SUPERÁ-LAS

 

Durante o estudo poderão ocorrer alguns imprevistos. Esteja preparado para eles. Não se esqueça de que

são comuns a esse tipo de trabalho. Peça a direção do Espírito Santo para cada situação, observando o seguinte:

5.1. Caso o discipulando não se encontre em casa, ou não possa recebê-lo, volte outras vezes ou combine

um melhor horário.

5.2. Se ele demonstrar que ainda não fez a entrega de sua vida a Jesus ou disser que no dia do apelo apenas

queria oração, pergunte-lhe se mesmo assim você poderia continuar visitando-o. Nesse caso, é melhor substituir

o estudo “O Novo Convertido” pelo "Boa Notícia", conforme veremos mais adiante. Trate-o com amor.

Muitos frutos só vingam depois.

5.3. Se perceber que ele não está interessado em continuar o estudo, não se ofenda, procure resumi-lo, ore

com ele e volte na semana seguinte. O discipulador deve sentir o "clima" na casa do discipulando e ser coerente.

Se perceber que ele está mais interessado na televisão do que no estudo ou sua visita, resuma o estudo

e volte na semana seguinte. Caso a TV ou outro aparelho de som esteja ligado (e ele nem o perceba), pergunte

se não poderia baixar um pouquinho o volume.

5.4. Se em algum dia ele não puder recebê-lo, faça uma oração e volte na semana seguinte; não force; seja

educado e compreensivo. Lembre-se que os estudos são apenas ferramentas. O mais importante é atenção e

relacionamentos.

 

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5.5. Durante o estudo poderão ocorrer imprevistos. Enfrente-os com naturalidade; evite irritação. Nessas

horas o auxiliar poderá dar importante apoio (no caso de crianças, por exemplo, ele poderá dar-lhes atenção

ou sair um pouco com elas). Volto a reafirmar que: O mais importante no discipulado não é o estudo, mas,

sim, a atenção e carinho do discipulador. Nossas atitudes marcam muito mais positivamente, do que as nossas

palavras.

5.6. Esteja certo de que o Espírito Santo o ajudará na tarefa de discipular e de que Jesus estará com você

todos os dias, porque Ele o prometeu (Mt. 10:20 e 28:18-20).

 

6. BÊNÇÃOS E IMPORTÂNCIA

DO DISCIPULADO

 

O que acontece e quais são os resultados do discipulado? Quem é beneficiado com esse trabalho, e qual é

o seu alcance? A seguir pontificamos algumas das muitas bênçãos e da relevância do discipulado:

 

6

próprio discipulador. Quando nos tornamos canal de bênção, nos constituímos o canal por onde a bênção flui.

Sabemos também que quem mais aprende é aquele que ensina. Você estará sempre atualizado e aprendendo

novas verdades da vida cristã.

6.2. Você terá a alegria de acompanhar o crescimento e desenvolvimento de vidas preciosas, como verdadeiras

crianças, e ajudá-las nas suas dúvidas e possíveis períodos de crise. Lembre-se: Por mais bem dotado

que seja um novo convertido ele é um recém-nascido e precisa de cuidados especiais.

6.3. No discipulado podem ser envolvidas pessoas da igreja que não sabem trabalhar em outras áreas, mas

são grande bênção como discipuladoras. Muitas vezes, cristãos completamente apagados, tornam-se verdadeiros

gigantes na arte de fazer discípulos.

Leandro, um garoto de 15 anos, tímido, de físico aparentemente frágil, encontrou no discipulado uma das

grandes realizações de sua vida. Ele assimilou tão bem o programa, que veio a liderar uma classe de discipulado,

da qual faziam parte jovens, adultos (alguns com mais de 50 anos). Tornou-se também líder dos adolescentes

e um excelente pregador. O que pretendo dizer com esse exemplo é que, no discipulado, há lugar para

todos, até mesmo para aqueles de quem, comumente, não esperamos um envolvimento tão grande numa obra

que demanda entusiasmo e disposição.

6.4. Possibilitará a provável criação de Grupos de Comunhão, frentes missionárias, congregações e igrejas.

Já compartilhei inúmeras experiências ao longo deste estudo. Quando fui para o seminário (no Rio de

Janeiro), dirigi uma Frente Missionária, organizada na residência de uma irmã que fez do seu lar um ponto de

oração e estudos bíblicos para os vizinhos; foi a saudosa "Tia Ana", em cuja casa nasceu a Igreja Batista

"Novo Horizonte", no bairro de Todos os Santos. Na Igreja Batista de Acari, consolidamos e organizamos em

igreja duas frentes missionárias (iniciadas no ministério anterior): nas cidades de São Sebastião do Paraíso -

MG e Arapoti - PR. Na PIB do Barreiro, organizamos a Igreja de Vila Pinho (com 90 membros) e criamos a

Congregação do Buritis. Essas experiências estão se repetindo por todo o Brasil. Funciona mesmo... Experimente!

6.5. Desencadeará uma explosão de discipulado e alegria contagiante em toda a igreja. Parece que a alegria

que há nos céus e diante dos anjos de Deus se reflete na vida da igreja: Luc. 15:1-10. Ao deixarmos o pastorado

da Igreja Batista de Acari, fomos sucedidos naquele ministério por um jovem que foi discipulado, casado

e ordenado ao pastorado durante nossa estada à frente daquela igreja (como já mencionamos anteriormente).

6.6. Tirará a igreja das "quatro paredes" para cumprir sua missão prioritária: FAZER DISCÍPULOS: Mt.

28:19-20.

 

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6.7. O discipulado é uma atividade que poderá ser praticada por igreja ou grupo de qualquer tamanho; basta

ter alguém motivado para a obra. Essa pessoa, se adequadamente treinada, poderá vir a multiplicar-se em dezenas,

centenas e até em milhares de outros discípulos. No meu ministério (como já compartilhei anteriormente)

tenho treinado irmãos que discipulam 10, 20, 30... cada um.

 

Tomemos como exemplo os seguintes dados

elas formarão cinco duplas, as quais passem a discipular (cada dupla) apenas uma pessoa por trimestre, poderiam

chegar aos seguintes resultados:

- 1

- 2

- 3

- 4

* Em apenas um ano teria cinco vezes mais que o grupo iniciado.

- Em 2 anos 256 discípulos

- Em 3 anos 1.297 "

- Em 4 anos 6.567 "

- Em 5 anos 33.250 "

* Numa Progressão Geométrica teríamos, em 9 anos, 356.000.000 de pessoas discipuladas.

Sabemos que essa multiplicação não é tão espontânea, porque ela não se desenvolve tão perfeitamente

assim; mas, se houvesse uma perda de 90%, teríamos o resultado de 35.600.000; se a perda fosse de 99%, o

resultado seria de 3.560.000; se o aproveitamento fosse de apenas 0,1%, mesmo com essa fração insignificante,

ainda assim, o resultado seria assombroso: 356.000 novos discípulos. Poderíamos fracionar ainda mais

o resultado que, mesmo assim, seria tremendamente compensador. Isso significa que o investimento no discipulado,

por mais improdutivo que seja, resultará em grandes bênçãos e crescimento do Reino de Deus.

Ah, meu irmão! veja quanto tempo tem perdido com reuniões e ativismo infrutíferas. Aproveite as oportunidades

que Deus lhe dá e comece, hoje mesmo, a discipular. Sua vida será grandemente abençoada e terá

mais objetividade; sentir-se-á mais realizado e se tornará um canal de bênçãos para outras pessoas. Experimente!

 

7. ORIENTAÇÕES COMPLEMENTARES

 

Além das sugestões (até aqui) dadas, destacamos ainda alguns princípios gerais que norteiam o ministério

de discipulado.

7.1. Quando for ministrar estudos, leve consigo um auxiliar. Este deve permanecer em silêncio e somente

falar quando solicitado. É prudente sentar-se ao lado do discipulando e ajudá-lo a encontrar os textos bíblicos

e, nos casos de pessoas com dificuldade (de leitura), ler os textos bíblicos para elas.

7.2. Ao concluir a primeira revista (ou livro), providenciar para que ele receba um certificado. E assim, ao

final de cada etapa (livro), ele receberá um certificado, de preferência diante da igreja, tendo os discipuladores

ao seu lado, para despertar aqueles que ainda não participam d

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