`` Estudando a verdade que liberta ´´

O líder que Deus usa - Resgatando a Liderança Bíblica -RUSSELL P. SHEDD

27-12-2010 11:13

 

 

 

O líder que Deus usa

Resgatando a Liderança Bíblica

para a Igreja no Novo Milênio

 

RUSSELL P. SHEDD

 

 

 

 

 

Copyright @ Russell P. Shedd Título original: Biblical Leadership­The Leader God Uses

 

1 a Edição - 2000

 

Publicado no Brasil com a devida autorização e com todos os direitos reservados por SOCIEDADE RELIGIOSA EDIÇOES VIDA NOVA Caixa Postal 21486, São Paulo-SP 04602-970

 

Proibida a reprodução por quaisquer meios (mecânicos, eletrônicos, xerográficos, fotográficos, gravação, estocagem em banco de dados, etc.), a não ser em citações breves com indicação de fonte.

Printed in Brazil / Impresso no Brasil

ISBN 85-275-0271-2

 

Tradução 8 EDMILSON F. BIZERRA Preparação de Texto 8 BILLY VIVEIROS Diagramação e Capa 8 EDMILSON F. BIZERRA

 

CATALOGAÇÃO NA FONTE DO DEPARTAMENTO NACIONAL DO LIVRO

 

      Shedd. Russell Philip. 1929­

O líder que Deus usa: resgatando a liderança bíblica

para a Igreja no novo milênio / Russell P. Shedd ;

Tradução Edmilson E Bizerra. - São Paulo: Vida Nova. 2000. 128 p.; em.

ISBN 85-275-0271-2

 

Tradução de: Biblical Leadership : The leader God uses. I. Liderança cristã - Doutrina bíblica. I. Título.

 

CDD-262.1

 

 

 

DIGITALIZAÇÃO: KALLANGO

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SUMÁRIO

PREFÁCIO

INTRODUÇÃO

Capítulo 1: QUE TIPO DE LÍDER DEUS USA?

        Exemplos Bíblicos de Homens Usados por Deus

        José: Um Líder Ideal Moldado em uma Prova Severa de Rejeição

        Moisés: um Homem Preparado e Usado por Deus

        Davi: um Homem Humilde de Coragem e Determinação

        Conclusão

Capítulo 2: A Seleção DOS LÍDERES QUE DEUS QUER USAR

        Procurando um Homem com o Coração de Deus

        Procurando um Homem Aprovado

        Procurando um Homem Disponível

Procurando um Homem Que é Disposto a Ensinar e a Aprender

        Procurando um Homem Perseverante

Capítulo 3: O CARÁTER DO LÍDER QUE DEUS USA

        Santidade

        Cheio do Espírito Santo

        Sabedoria

        Fé

        Amor

        Servilismo

        Conclusão

Capítulo 4: A PRÁTICA E O ENSINO DE JESUS

        O Padrão de Jesus             

        Uma Nova Mentalidade

        Mortificação

        Compaixão

        O Líder e as Finanças

        Permanência em Cristo

Capítulo 5: As RESPONSABILIDADES DO LÍDER QUE DEUS USA

        Visão

        Valores

        Motivação

        Administração

        Criação de uma Unidade Funcional

        Acompanhamento do Processo de Crescimento

        Explicando e Exemplificando

        Representação

        Renovação

Capítulo 6: IMPEDIMENTOS À LIDERANÇA EFETIVA

        Incredulidade

        Inconstância

        Desânimo

        Estagnação

        Inveja

        Soberba

        Falsidade

        Conclusão

Capítulo 7: EQUILÌBRIO NA LIDERANÇA DE ESTILO    

        Observe a Linha Divisória entre a Determinação e a Teimosia

        Escolha o Meio Termo entre a Flexibilidade e a Indecisão

        Seja Firme em vez de Prepotente

        Perdoe o Pecado sem Desculpá-lo

        Seja Humilde em vez de Bajulador ou Tímido

        Seja Decisivo em vez de Independente

        Promova Seguidores Leais em vez de Homens de "Sim"

        Seja Manso em vez de Fatalista

        Procure o Curso Médio entre a Mesquinhez e o Desperdício

        Mantenha o Equilíbrio entre o Amor e a Verdade

        Mantenha a Visão sem Ser Visionário

        Seja Corajoso em vez de Negligente

Capítulo 8: ATITUDES QUE FAZEM A LIDERANÇA BÍBLICA BEM-SUCEDIDA

        Gratidão

        Humildade

        Uma Disposição para Aprender

        Interesse no Reino

        Otimismo

        Oração Perseverante

        Mantendo a Coisa Principal como a "Coisa Principal"               

        Conclusão

Capitulo 9: AS RECOMPENSAS DA LIDERANÇA

        Realização

        Fama

        Preenchendo o que Está Faltando

        Peso de Glória

        Considerações Finais

 

PREFÁCIO

 

O tema "liderança” tem recebido grande atenção nos últimos anos. Vários livros estão sendo lançados anualmente no português, visando abordar este complexo assunto que é, de fato, de interesse geral de todos.

Contudo, contrário a literatura meramente popular, o Dr. Shedd neste livro apresenta o perfil de um líder usado por Deus, além, é claro, de uma sólida base bíblica para a liderança cristã.

Muito mais do que simplesmente fórmulas e métodos pragmáticos, o seu interesse está voltado para o cerne da verdadeira liderança: glorificar a Deus. Para que isso aconteça, a Igreja do Senhor Jesus Cristo necessita e, urgentemente, de nada menos do que líderes irrepreensíveis com o coração segundo o coração do próprio Deus. Esse, então, será um dos maiores desafios da Igreja no novo milênio.

Usar o exemplo de Jesus torna-se algo prioritário, em vez de simplesmente tomar-se emprestado, sem qualquer crítica, um modelo do mundo de negócios, como alguns líderes têm feito. As pressuposições e, principalmente, os valores da liderança secular são diferentes daqueles valores que Deus atribui e requer de seus líderes, mesmo que aparentemente haja alguma semelhança superficial.

Segundo o Dr. Shedd, o caráter do líder, o equilíbrio de sua liderança e as suas atitudes são fatores fundamentais que fazem com que uma liderança bíblica seja bem-sucedida. Assim, ele aborda cada um desses temas de forma muito estimulante.

E muito mais do que isso, o Dr. Shedd nos lembra que uma vida obediente a Deus diante dos homens, através de uma liderança bíblica, não será, necessariamente, recompensada com riquezas ou fama, pois estas são secundárias e temporárias. Porém, a verdadeira recompensa será eterna, recebida no Céu. Naquele dia o servo ouvirá do seu Senhor: "Muito bem, servo bom e fiel"! (Mt 25:21).

        Será muito difícil para um líder obediente a Palavra e sedento pela atuação de Deus através de sua vida não ser completamente beneficiado em seu ministério e desafiado em sua maneira de pensar e agir após a leitura deste livro.

 

 

Pr. Edmilson F. Bizerra

 

INTRODUÇÃO

 

Liderança faz a diferença, por sinal uma grande diferença, pois ela oferece direção, molda o caráter e cria oportunidades. Os efeitos da liderança começam no nascimento, mas não deixam de existir com a morte. Os pais nutrem uma pequena vida em direção a um destino, embutindo valores, alvos e objetivos. Mesmo ainda jovem em maturidade, uma forma especial de potencial é despertada em alguns. Juntamente com os genes, paternos e maternos, e a formação vêm as escolhas de Deus: alguns homens e mulheres são destinados a liderar e influenciar outros. Aqueles que Deus separa para liderar desfrutam tanto os privilégios quanto as responsabilidades. Suas influências, extensivas e efetivas, sobre outras pessoas os distinguem dos seguidores. A liderança de alta qualidade será encontrada entre os mais valiosos tesouros que qualquer comunidade ou organização possui. A liderança de baixa qualidade, ao contrário, produz um desperdício trágico e uma frustração caótica. Líderes de Deus estão sempre em falta.

Muitas pessoas mantêm a opinião que líderes nascem com um talento especial para a direção de outros. Eles são presentes de Deus para a sua igreja. Outra opinião é mantida de que líderes são feitos e moldados pela educação, experiência e circunstâncias. As oportunidades favoráveis que surgem em alguns ambientes e situações formam a prova máxima, na qual líderes adquirem seus incentivos e oportunidades. A melhor explicação une elementos das duas teorias. Deus escolhe e molda o caráter dos homens e das mulheres que ele quer para liderar seu povo, tanto pelo nascimento como pela oportunidade.

Algumas pessoas têm um talento administrativo. Naturalmente, elas almejam a liderança. A influência e o controle lhes dão uma sensação de importância. Já que cada pessoa tem uma necessidade natural de se sentir valorizada e querida, os líderes tendem a ser invejados. Contudo, seguidores devem saber que alguns líderes talentosos são uma ameaça. O caráter do líder e a qualidade de sua liderança fazem uma grande diferença no progresso e bem-estar de um grupo.

Não há discussão quanto a importância da liderança. Basta apenas pensarmos em uma sala de aula sem um professor ou professora. Através da história, Deus tem escolhido líderes que ele tem usado para dirigir e preservar seu povo. Uma comunidade sem liderança é como um corpo sem uma cabeça, ou um barco sem um leme. No momento em que a falta de liderança surge, uma organização tende a seguir alguém, ou então, se dispersar. Jesus lamentou a falta de propósito da vida de seus contemporâneos. Ele os comparou as ovelhas que não têm pastor (Mt 9.36). A tendência de um grupo sem um diretor é questionar a sua existência. Como uma flor fora do tempo, sua tendência natural é murchar e desaparecer. Onde estavam o homem ou a mulher que Deus poderia ter usado para liderar seu povo?

Dr. Anthony d'Souza, sócio-diretor da Xavier Institute of Manage­ment em Bombain na Índia, definiu liderança como: "a habilidade de controlar, gerenciar e alcançar determinados alvos por meio de pessoas". Não existe nenhuma menção de valores éticos nessa definição. Adolph Hitler levantou-se do grau de soldados comuns, e "pintor de casas", para tornar-se um dos mais poderosos homens da história. Em apenas seis anos o Fuehrer reanimou o potencial alemão, unindo seu povo e colocando expectativas tão eficientes que a "máquina-de-guerra” alemã conquistou muito da Europa e ameaçou o mundo. Nenhum cristão poderia imitar seu estilo perverso de liderança, nem seus objetivos pecaminosos. Pelo contrário, quando um líder toma as rédeas de uma nação inteira, e a direciona para fins justos, ele abençoa qualquer povo. A liderança poderosa precisa, então, procurar o benefício de todas as pessoas sobre as quais ela mantém influência. Esta é a forma pela qual homens de Deus são usados por ele e o glorificam.

John Haggai vê liderança como: "A disciplina de deliberadamente exercer influência dentro de um grupo para levá-lo a alvos de benefício permanente, que satisfaz as necessidades do grupo"[1]. Esse pensamento se encaixa bem com a perspectiva de Jesus e dos autores do Novo Testamento. O Reino precisa ser procurado e seus alvos seguidos. Aqueles que assumem a liderança abençoam e agradam seu Senhor.

Liderança cristã, mais do que outra qualquer, precisa escolher objetivos que são coerentes com a vontade e lei de Deus. A liderança positiva precisa ser exercida por um homem ou uma mulher que conheça a Deus e inclua os alvos dele. As prioridades do líder precisam ser prioridades bíblicas. Suas qualidades precisam ser aquelas que lhe dêem o nome de amigo de Deus (]o 15.15) e de cooperador com ele (lCo 3.9). Como Paulo, sua ambição única será agradar a Deus (2Co 5.9). O apóstolo sabia que tinha sido escolhido por Deus para liderar outros, mesmo antes de seu nascimento (Gl.1.15). Deus lhe deu a responsabilidade de influenciar permanentemente outras pessoas para a glória dele.

Nosso alvo neste livro é refletir nos componentes essenciais da liderança bíblica. Por que ela é tão importante? Por que Deus escolhe líderes eficientes, em vez de pessoas sem qualificações? A quem deve ser dado o privilégio e a responsabilidade para liderar e controlar outras pessoas? Como pode a eficiência de um líder ser prognosticada? Como Jesus e os autores bíblicos entendiam a liderança? Qual treinamento é necessário para um líder, e como ele pode melhorar as suas habilidades adquiridas? Se pela leitura desse livro o leitor entender mais claramente as armadilhas e o potencial que uma liderança piedosa oferece, nosso alvo principal terá sido alcançado.


 

Capítulo 1

 

QUE TIPO DE LÍDER DEUS USA?

 

Quando pensamos em um líder, nosso foco recai sobre alguém "que convence seguidores de que pode resolver seus problemas de uma forma melhor e mais eficaz do que qualquer outra pessoa”. A compreensão do de que consiste a liderança, leva-nos a um indivíduo que reconhece os problemas, as dificuldades e as necessidades de um grupo. Ele ajuda a identificar o que está errado e lidera pessoas no caminho de soluções satisfatórias. Qualquer indivíduo que segue um bom líder vive confiantemente. O otimismo penetra qualquer grupo que é abençoado com uma liderança piedosa.

Um líder convence outras pessoas a segui-lo porque tem respostas e soluções. Ele sabe o caminho a seguir ou, pelo menos, convence seus seguidores de que é competente. Pouca ou nenhuma vantagem pode ser obtida pela elevação de alguém a uma posição de autoridade, se essa pessoa é nitidamente incapaz de convencer o grupo de que pode resolver seus problemas. Visto que um grupo sem líder sente-se instintivamente como se estivesse condenado, ele dará as boas-vindas a qualquer um que estiver disposto a indicar-lhe a saída. Este poderá ser um homem de Deus ou um patife ambicioso, um destruidor, ou alguém que determina o passo ideal. E será tolerado até que apareça um líder mais persuasivo. Esse tipo de líder administra precariamente em sistemas democráticos, mantendo seu poder através do medo e por ameaças. Fidel Castro talvez não tenha melhorado a vida de muitos cubanos, mas tem mostrado como o poder pode ser mantido através da força e do medo.

Para um líder guiar, precisa ter autoridade, tanto quanto um automóvel precisa de um motor para ser dirigido. Se o líder é escolhido desconsiderando-se os critérios de Deus e os valores bíblicos, o grupo e seus propósitos serão postos em perigo. Exemplo claro disso foram as trágicas conseqüências da escolha de Israel, para que Abimeleque reinasse sobre eles (Jz 9). A sua história sórdida demonstra o quão é importante fazer a escolha certa. A Bíblia oferece grandes exemplos de líderes escolhidos por Deus. Suas personalidades foram tão distintas quanto as suas faces e as suas biografias, no entanto, algumas características merecem uma consideração especial. A liderança depende de algumas qualidades e habilidades.

 

Exemplos Bíblicos de Homens Usados por Deus

José: Um Líder Ideal Moldado em uma Prova Severa de Rejeição

 

A famosa história bíblica de José apresenta-nos um homem humilde de princípios. O status de filho favorito que José tinha, em vez de fazê-lo orgulhoso e esnobe, despertou-lhe o desejo de viver à altura das expectativas de seus pais. Os sonhos que Deus dava a José convenceram-no não do fato de que de era muito bom para servir outras pessoas mas, ao contrário, de que Deus o tinha escolhido para uma tarefa especial. Quando seus irmãos venderam-no como escravo, em vez de nutrir um espírito de autocomiseração, José manteve sua atitude positiva. Deus duramente testou seus princípios, mas ele não vacilou. Embora a esposa de Potifar tenha tentado repetidamente seduzi-lo, José resistiu às suas investidas por causa de seu caráter bem desenvolvido. Mesmo sendo inocente, seu aprisionamento falhou na indução da ira escondida ou de um espírito vingativo. Enquanto o copeiro de faraó tinha esquecido de apelar por sua causa justa diante do rei, José continuou servindo a Deus, abnegado, na prisão. O desapontamento grosseiro diante da terrível injustiça não provocou nenhuma ferida destrutiva em seu espírito. O sofrimento desmerecido não produziu uma falta de confiança na providência de Deus.

José foi um homem tão incomum, que sua preparação, por Deus, para a liderança, pode ajudar pessoas que aspiram qualquer ministério que influencie outras pessoas. A seguir veremos algumas de suas grandes qualidades, necessárias a líderes bem sucedidos.

Destaca-se um senso de vocação indestrutível. Desde sua infância, José acalentou um senso de destino. A atenção especial do seu pai, intensificada pelos sonhos que José entendera serem dados por Deus, lançou os alicerces da responsabilidade e da maturidade. A vocação, para um cristão, é algo sério porque ele sabe que a vida não é sem propósito. Ele sabe, como José sabia, que Deus marcou a sua vida com um valor distinto. O "chamado" bíblico não concede meramente a uma pessoa o direito de regozijar-se na liberdade de escolha e no auto-desenvolvimento, mas obriga-a a beneficiar outras pessoas. Através do curso da sua vida, José nunca perdeu aquela certeza. Ele pôde confiantemente falar a seus irmãos bajuladores, que temiam por suas vidas após a morte de Jacó: "Não temais; porque, porventura, estou eu em lugar de Deus? Vós bem intentastes mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar em vida a um povo grande" (Gn 50.19-20). Um profundo senso do chamado de Deus para servir outros deve marcar a vida dos líderes.

Deus, depois de moldar seu servo através de muitos sofrimentos e provas, finalmente elevou José à posição de primeiro ministro do Egito. Ele foi tirado das algemas da prisão para exercer autoridade absoluta sobre todo o Egito, ao lado do próprio faraó. Ele não foi motivado pelo poder ilimitado para despejar a vingança sobre seus irmãos invejosos ou da esposa mentirosa de Potifar. Ele chorou diante de seus irmãos enquanto eles pediam seu perdão. A liderança, de acordo com os parâmetros de Deus, não pode ser contaminada com a inveja e o ressentimento.

Examinando mais profundamente a vida de José, um líder escolhido por Deus, podemos ressaltar outras qualidades marcantes, como estrelas brilhando em uma noite sem nuvens. Stogdill sugeriu que perfis psicológicos, em si mesmos, dão pouca indicação do surgimento de um líder capacitado. Porém, em resumo, a vida de José era significativamente caracterizada pelo seguinte perfil:

Primeiro, ter capacidade e potencial indiscutíveis (inteligência, atenção, facilidade de se comunicar, originalidade, julgamento). José demonstrou todas essas qualidades durante sua vida. Ambos, Potifar e o faraó, imediatamente reconheceram em José uma pessoa dotada e incomum. A confiança deles acabou sendo bem fundamentada.

Segundo, realização requer sabedoria, conhecimento e consumação. Ainda que não tenhamos qualquer idéia sobre a formação acadêmica de José, não há dúvida alguma com relação à sua habilidade de administrar o armazenamento da colheita e o seu programa de distribuição.

        Terceiro, ter uma responsabilidade irrefutável (confiança, iniciativa, persistência, auto confiança, desejo de vencer). Sem ter dado atenção aos detalhes e a integridade, José raramente poderia ter manejado o imenso e complexo trabalho ordenado pelo faraó.

Quarto, ter uma participação direta (atividade, sociabilidade, cooperação, adaptação). Claramente, José tomou parte no processo de implementação de um programa nacional estabelecido para evitar a fome sobre a nação. A mudança de longos anos em uma prisão para uma alta posição governamental, requer mais do que uma pequena dose de adaptação. A sociabilidade e a cooperação foram o seu pão de cada dia. A participação direta fez com que o programa fosse bem-sucedido.

Quinto, ter um status integrado (posição socioeconômica, popularidade). A popularidade de José em todas as esferas Sociais e econômicas em que Deus o tinha colocado, brilha através das linhas da narrativa de Gênesis. Embora seja verdade que a falta de popularidade entre seus irmãos fosse gerada pela inveja destes, não houve hostilidade alguma da parte de José que encorajasse essa animosidade destes. Obviamente, líderes que carecem popularidade precisam implementar força.

Sexto, estar em uma situação ordenada por Deus (habilidade mental, experiências, necessidades e interesses de seguidores, objetivos para serem alcançados e tarefas para serem realizadas). Durante sua longa vida, José demonstrou uma habilidade incrível de manejar as tarefas a ele apresentadas. Não há sugestão alguma de que ele sentiu-se derrotado completamente pela situação que Deus colocara diante dele.

José ilustra como as circunstâncias e as capacidades para liderar combinam-se na formação de líderes marcantes. Como Stogdill escreveu: "A evidência forte indica que habilidades diferentes de liderança e as peculiaridades são exigidas em situações diferentes. Os comportamentos e as peculiaridades que capacitam um criminoso para ganhar e manter o controle sobre uma quadrilha não são as mesmas que capacitam um líder religioso para formar e manter um grupo de seguidores. Contudo, algumas qualidades gerais como a coragem, a firmeza e a convicção parecem caracterizar ambos".[2]

Notavelmente sociável e articulado, José atraiu atenção, independentemente de sua posição servil, como escravo na casa de Potifar. Que outra razão teria uma pessoa de alta-classe, esposa de um oficial, para seduzi-lo? Sua adaptabilidade brilha durante toda a narrativa de Gênesis. Como um escravo em uma casa, como um prisioneiro na cadeia ou como o primeiro ministro do país, José conduziu as suas responsabilidades naturalmente. Ele deu a impressão de que havia sido especialmente treinado para as diversas atividades que realizara. Sua responsabilidade brilha adiante, como um diamante polido no meio de seixos.

Em todas as tarefas que era obrigado a fazer, ele sempre inspirava confiança. José foi elevado ao topo por causa da peculiaridade de seu caráter. Desse modo é que um líder deve demonstrar sua capacidade. Ele pode confiantemente levar adiante as responsabilidades pesadas pertinentes à liderança.

Sua auto confiança não deve ser entendida como mera segurança de que ele poderá realizar com êxito qualquer exigência que for posta diante dele. José foi mais do que um administrador habilidoso e capacitado. Ele demonstrou em sua conduta que era um homem que tinha completa confiança em Deus. Paulo descreveu essa atitude assim: "Tudo posso naquele que me fortalece" (Fp 4.13). Um líder piedoso precisa possuir este tipo de atitude, não em si mesmo, mas naquele que é totalmente confiável: Deus. José foi elevado ao topo por causa de qualidades marcantes que um bom líder necessita ter.

 

Moisés: um Homem Preparado e Usado por Deus

 

O potencial da liderança de Moisés teve origem na criatividade de sua família (Hb 11.23). Quando recusara aceitar o status de neto do Faraó, ele demonstrou firmeza e convicção (v.24). Ele escolheu ser maltratado e alienado, em vez de permanecer no conforto e na segurança do palácio. Moisés expressou sua segurança pessoal de um homem que reconhecera que Deus o tinha separado à parte para uma missão especial (vv. 25,26). Sem medo perante a ira do rei, nem imprudência, demonstrou fé nas promessas de Deus, as quais o mantiveram cativo a Deus e seus propósitos por quarenta anos no deserto. Deus testou a paciência de Moisés severamente, enquanto assistia sua vida mergulhando nas areias do deserto, aparentemente, sem nenhum alvo desafiador ou resultados marcantes que pudessem virar história. Quando Deus, finalmente, o chamara para abandonar o pastoreio das ovelhas do seu sogro, para assumir uma posição ímpar de pastor da nação de Israel e libertar o povo do cativeiro, Moisés tentou escapar dessa responsabilidade. Deus superou sua relutância natural, devido ao seu impedimento de falar, para que, por fim, ele comunicasse bravamente a vontade de Deus ao Faraó, ainda que naquele momento isso pudesse custar sua própria vida.

Moisés demonstrou incríveis qualidades de liderança durante os quarenta anos de jornada pelo deserto. A paciência, a preocupação pela glória de Deus e a perseverança são as qualidades que especialmente se sobressaem. Quase que com a mesma importância foram a sua coragem perante o perigo, a sua criatividade perante a rebeldia e a sua mansidão diante de tribulações. Todos esses elementos de liderança de alta qualidade são manifestos em Moisés. Sua fama, depois de milhares de anos, eleva-o ao nível de um dos mais extraordinários líderes de todos os tempos.

A atual análise de liderança mostra que as excelentes qualidades que Moisés apresentara são tão necessárias hoje quanto elas foram três mil anos atrás. Alguns líderes desenvolvem certos valores de âmbito pessoal. Por exemplo, James J. Cribbin enfatizou a seguinte lista de traços:[3]

A. Desempenho Atual: É a habilidade de desempenhar bem as funções na posição atual que uma pessoa se encontra. Moisés recebeu o melhor treinamento e educação disponível no Egito. Como pastor das ovelhas de Jetro, ele foi completamente confiável.

B. Iniciativa: É a habilidade de ser um "auto-iniciador". Moisés tomou sua posição ao lado dos rejeitados escravos hebreus contra o mestre-de-­obra egípcio que batia em um companheiro hebreu. Caso não tivesse a fibra de um líder, certamente, Moisés não poderia ter escolhido se identificar com os oprimidos e ter assassinado o opressor (Ex 2.12-13).

C. Aceitação: É a habilidade de ganhar respeito e vencer a confiança de outras pessoas. Moisés levantou a questão de aceitação pelos israelitas desde o começo. Ele sabia que quarenta anos passados no deserto do Sinai, tomando conta de ovelhas, não era a experiência que a maioria consideraria como algo essencial à liderança (Ex. 3.11). Deus usara de pragas e da função mediadora de Moisés, infligindo aqueles julgamentos milagrosos, para ganhar o respeito dos egípcios e também o dos israelitas.

D. Comunicação: É a habilidade de articular claramente o propósito e os alvos do grupo. Embora Moisés acreditasse que não tinha eloqüência, tendo sido afligido com uma "boca pesada” (Ex 4.10) durante o curso de sua vida, ele exibiu uma habilidade de comunicação incomum. A habilidade "de ter acesso" às pessoas em vários níveis precisa fazer parte das funções de um líder. Em várias ocasiões, Moisés teve que responder às murmurações e as incredulidades dos israelitas com argumentos válidos e decisões persuasivas. Mais importante ainda, ele foi especialmente perito em comunicar-se com Deus. Considere a exposição do autor da conclusão de DeUteronômio: "Nunca mais se levantou em Israel profeta algum como Moisés, com quem o SENHOR houvesse tratado face a face" (Dt 34.10). Um homem de oração é a exigência básica para a liderança cristã.

E. Análise e discernimento: É a habilidade de alcançar conclusões idôneas baseadas na evidência. Moisés julgou corretamente a criação do bezerro de ouro, e a sua adoração, como repúdio a Deus. De alguma forma, Arão não demonstrou a habilidade para analisar o pedido da liderança israelita. Sua análise foi tristemente prejudicada pela falta de discernimento, de tal forma, que coincidiu com os desejos deles sem qualquer reação negativa (Ex 32.1-6). Como um líder deficiente, Arão trouxe destruição à nação. O resultado foi o caos espiritual, e milhares morreram como conseqüência.

F. Realização: É a quantidade e a qualidade de trabalho produzido através do uso efetivo do tempo. Mais uma vez Moisés se sobressai nessa categoria. Foi ele que, não somente liderou o povo para fora do Egito, mas também, deu a Lei, o tabernáculo e as cerimônias pelas quais Israel tinha que se aproximar de Deus e conhecer a sua vontade.

G. Flexibilidade: É a habilidade de adaptar-se a mudanças e de ajustar-­se ao inesperado. De um príncipe honrado na corte do faraó, a um pastor insignificante no Sinai, até um porta-voz de Deus e líder de uma nação, Moisés demonstrou tremenda adaptabilidade. Sua humildade ímpar o fez verdadeiramente maleável nas curvas e travessas do caminho que Deus colocara perante ele.

H. Objetividade: É a habilidade para controlar sentimentos pessoais, uma mente aberta. A reação de Moisés, à sugestão de Deus que ele haveria de destruir Israel da face da terra e fazer de Moisés uma grande nação, demonstra como este era destituído de sentimentos pessoais e de ambições orgulhosas (Ex 32.11-13). Uma breve reflexão mostrará que cada uma dessas oito características foram refletidas na liderança de Moisés.

Um estudo supervisionado pelo Fuller School of World Mission em Pasadena, na Califórnia avaliou 900 líderes de igrejas do passado e do presente, na esperança de descobrir quais os comportamentos básicos que melhor podiam explicar sua eficiência. A primeira convicção desses líderes afirma que eles acreditam que a autoridade espiritual é um princípio básico do poder espiritual. Já que o impacto de uma vida flui do poder espiritual de um homem, é necessário esclarecer que aqueles que têm melhor servido a Deus são aqueles que têm vivido em relacionamento mais íntimo com ele. Moisés alimentou sua intimidade com Deus através da oração, da comunhão e da obediência.

Sabemos muito pouco sobre a mãe de Moisés para tecermos comentários sobre o seu impacto na vida do filho. Podemos ter. certeza, porém, que sua criatividade, livrando a vida de seu filho (Ex. 2.3,4), e a coragem que ela demonstrou aceitando a responsabilidade de criá-lo para a princesa egípcia, foram fatores primordiais na formação do caráter de Moisés. Será que podemos justificar a criação de um paralelo entre a mãe de Moisés e Susanna Wesley que teve um impacto no mundo através da influência que ela exerceu nos seus filhos, John e Charles Wesley, os fundadores do Metodismo do século XVIII, na Inglaterra?

Os segredos da criação dos filhos de Susanna foram resumidos da seguinte forma:

1. Ela ensinou autoridade, pela sua reverência.

2. Ela ensinou domínio, pela sua satisfação.

3. Ela ensinou sucesso, pela sua criatividade.

4. Ela ensinou sofrimento, pela sua tolerância.

5. Ela ensinou responsabilidade, pela sua regularidade.

6. Ela ensinou disciplina, pela sua bondade.

7. Ela ensinou liberdade, pela sua lealdade.

8. Ela ensinou planejamento, pela sua determinação.

9. Ela ensinou propósito, pela sua fé.

10. Ela ensinou liderança, pela sua iniciativa.

11. Ela ensinou vitória, pelo amor.

12. Ela ensinou domínio, pela sua segurança.

13. Ela ensinou liberdade, pela sua virtude.

14. Ela ensinou responsabilidade, pela sua firmeza.

15. Ela ensinou alegria, pela sua alegria.

É verdade que não podemos saber completamente como a mãe de Moisés demonstrou essas virtudes. Porém, podemos ter uma idéia de que as qualidades que o escolhido de Deus apresentara durante os quarenta anos de exaustivos desafios e tribulações, foram instiladas por um tipo de retaguarda que ele e os Wesleys receberam. Os primeiros sete anos de vida de uma criança são os mais cruciais na formação da sua personalidade.

Será que as mães estão instilando qualidades de caráter bíblico em suas crianças? Qual a influência que a televisão e os filmes têm em nossos jovens? Será que eles estão sendo moldados para o serviço de Deus, líderes que guiarão a Igreja e as organizações cristãs para o próximo milênio de forma bem-sucedida?

 

Davi: um Homem Humilde de Coragem e Determinação

 

Davi irradia-se das páginas das Escrituras como um modelo de liderança hábil. Mesmo antes de alcançar a idade normal de maturidade, bravamente desafiou um urso ou um leão para recuperar uma ovelha de sua boca (1 Sm 17.35). Com coragem inspirada pela fé no Deus Todo-Poderoso, Davi pediu o privilégio de lutar com Golias. Embora não tivesse experiência de batalha, nem treinamento especial, sentiu a confiança que somente Deus dá para aqueles que ele seleciona para carregar o seu estandarte e enfrentar a morte que o ameaçava. Combinado com uma aparente coragem imprudente, podemos encontrar em Davi um homem que elevou sua lealdade de rei ungido de Deus para um nível raramente visto. Não importa que Saul fora tão instável quanto a água, ou que mentira constantemente por causa de seu medo invejoso e infundado de que Davi estava conspirando para derrubá-lo. Mesmo sabendo que Deus o tinha escolhido para substituir Saul como rei, Davi, ainda sim, apoiou o líder constituído da nação.

Davi repetidamente demonstrou versatilidade nos anos que fugira e escondera-se da ira mortal do rei Saul. Quer evitando a fome, comendo o pão da Presença (lSm 21.1-9), fingindo loucura na presença de Áquis em

Gate ou cortando um pedaço da orla do manto de Saul para provar que não tinha nenhuma intenção má, Davi consistentemente inspirou confiança em seus seguidores e à nação, como um todo.

Uma dose impressionante de humildade coexistiu com a coragem e a determinação de Davi. Quando a notícia da morte de Saul o alcançou, ele deu um exemplo de tristeza genuína em seu ato, rasgando suas vestes, pranteando, jejuando e chorando por seu inimigo caído. Quando o profeta Natã repreendeu seus pecados de adultério e assassinato, não reagiu em fúria e autodefesa, mas com uma convicção de coração partido e de arrependimento. O Salmo 51 revela como Davi sentiu profundamente as feridas de sua consciência. Qualquer líder que é inclinado a arrepender-se superficialmente não é digno de sua posição como um modelo exemplar. Davi amou intensamente seu filho Absalão, mesmo depois da desprezível rebelião que ele levantara contra seu pai. Joabe sabia que Absalão não merecia viver, mas intensifica a aflição de Davi diante da notícia de que o seu filho rebelde estava morto. O poder e a fama não fizeram Davi insensível às outras pessoas.

Davi deu valor à justiça. Considere a maneira que ele desafiou a prática de distribuição dos despojos da batalha entre os homens. Ele se assegurou de que os homens fracos recebessem um montante igual e justo.

Robert Clinton desenvolveu idéias novas em relação à forma pela qual Deus desenvolve líderes segundo o seu próprio coração. Eles são padrões que descrevem uma idéia geral, providenciando uma estrutura, um tipo de esboço da vida de uma pessoa.

Primeiro, de significado especial, são os traços da personalidade que fazem uma pessoa ser o que ela é. Alguns traços são natos, e outros são formados através da disciplina familiar e da transferência de valores.

Segundo, são os processos que movem uma pessoa ao decorrer de sua vida. Os eventos, as pessoas e as circunstâncias afetam as atitudes e produzem reações que as pessoas desenvolvem desde o nascimento até a morte. Enquanto uma pessoa amadurece, ela aprende através da experiência e da reflexão. A leitura, o estudo e a discussão afetam no processo que transforma um jovem imprudente em um líder respeitado. Paulo adverte Timóteo para não ordenar um irmão que seja “neófito, para não suceder que se ensoberbeça e incorra na condena~]ao do diabo " (1 Tm 3.6). Quando o processo necessário de testes e de tropeços da vida são bem sucedidos, um líder em potencial pode mover-se ao serviço sem colocar em perigo a vida do grupo.

Finalmente, é preciso considerar os princípios, isto é, as verdades fundamentais que servem como as raízes de uma árvore ou os alicerces de um edifício, mantendo-o firme em tempestades e terremotos. O pastor Warren Wiersbe, antigo pastor da Moody Church em Chicago, e autor bem conhecido, escreveu o seguinte sobre princípios: "Em relação à única coisa que eu me lembro de uma das minhas aulas de seminário é uma estrofe de uma poesia que um professor cansado apresentou no meio de uma aula monótona:

 

'Os métodos são muitos,

e poucos os princípios.

Os métodos sempre mudam,

mas nunca os princípios'.

Aquela convicção levou-me a uma vida incessante à busca de princípios, as verdades fundamentais que nunca mudam, mas sempre têm um novo preceito atrás deles. Aprendi avaliar homens e ministérios baseado nos princípios que os motivaram, e também baseado no fruto que eles produziram".[4]

Uma liderança sem princípios é como um navio sem bússola. Liderança sem o processo de experiência é como um navio sem o capitão. Liderança sem um padrão é como um navio sem um destino ou porto seguro.

Davi demonstrara o padrão da sua vida nos Salmos. Como um exemplo, veja suas palavras: "Ó Deus, tu és o meu Deus forte; eu te busco ansiosamente; a minha alma tem sede de ti; meu corpo te almeja, como terra árida, exausta, sem água. Assim, eu te contemplo no santuário, para ver a tua força e a tua glória" (63.1-2). A inclinação de seu coração repousava-se em Deus. Esta foi sua disposição, um ardente almejo da intimidade com Deus, que é refletido em muitos Salmos compostos por Davi.

A biografia bíblica de Davi revela o processo pelo qual Deus elevou esse jovem a uma estatura de proeminência mundial. Nos olhos de seu pai era improvável que Davi se tornasse um líder da nação, tanto que Samuel teve que perguntar a Jessé se ele não tinha outro filho que Deus pudesse indicar como sua escolha. Não havia nem passado por sua mente que Davi pudesse vir a ser ungido como o futuro rei de Israel (lSm 16.11-13).

O desempenho de Davi sobre a nação foi um modelo criado pela sabedoria e poder aplicados ao governo. Entre os princípios proeminentes exemplificados por Davi, o primeiro que podemos fazer menção é integridade, incluindo as virtudes de honestidade e de veracidade. Enquanto Saul tinha como características pessoais a desonestidade e a insegurança, Davi, desde a sua mocidade, buscava vencer a tentação da hipocrisia e duplicidade. Spurgeon estava certo quando disse a seus alunos ministeriais: "Um ministro de Cristo deve ter sua língua, seu coração e suas mãos em concordância".[5]

Segundo, a confiabilidade, uma faceta da integridade, caracterizava-o. Davi fez da confiabilidade, uma regra para sua vida para cumprir suas promessas. Lembre do caso de Mefibosete, filho de Jônatas, que recebeu de volta toda a terra que pertencia a Saul, e comeu na mesa do rei (2Sm 9.7). Nestes dias em que manter promessas não é mais considerado uma obrigação solene, as ações de Davi desafiam os cristãos de hoje a terem responsabilidade.

Terceiro, observe o princípio de justiça. O insensato Nabal quase perdera sua cabeça por não reconhecer que a liderança de Davi baseava-se em um senso vital de justiça (lSm 25), em vez de subornos, favoritismos e "panelinhas". O general Joabe, que servira Davi tão habilmente nas batalhas, mas que pecava na falta deste princípio crucial de orientar sua vida pela justiça, finalmente perdeu sua vida como uma conseqüência da falta de justiça.

Quarto, note o princípio de humildade que fez de Davi um homem segundo o coração de Deus. Quando três dos seus valentes romperam pelo arraial dos filisteus para tirar água da cisterna que estava junto à porta de Belém, para que Davi bebesse, Davi não bebeu da água (2Sm 23.15-17). Como um grande líder como foi, Davi não se considerou digno de beber da água que foi tirada com o risco de vida para satisfazer seu desejo caprichoso da água especial de Belém.

 

Conclusão

 

Muitos outros exemplos de princípios de liderança poderiam ser extraídos das histórias da vida de homens proeminentes do Antigo Testamento. Porém, esses exemplos apresentados devem ser suficientes para destacar o significado do caráter e da maturidade espiritual nas vidas daqueles que Deus escolhera para servi-lo como líderes. As circunstâncias de hoje são radicalmente diferentes daquelas que envolviam a vida de José, Moisés e Davi, mas, os princípios e verdades que governaram suas ações e atitudes, ainda podem ser mantidas como verdadeiras para os dias de hoje.


 

Capítulo 2

 

A SELEÇÃO DOS LÍDERES QUE DEUS QUER USAR

 

Qualquer processo humano de seleção apresenta defeitos, até fracassos ocasionais. As críticas ao técnico da seleção brasileira que representou o Brasil nas finais da Copa do Mundo de Futebol da França provam que, mesmo nos esportes, o melhor homem, para aquela função, não tem o apoio de todos os torcedores do time o tempo todo.

Em assuntos de importância eterna, a descoberta e a seleção do melhor líder para uma igreja ou uma organização pode ser um trabalho agonizante e paralisador. O desafio deste capítulo tem como foco os importantes passos no processo de seleção e nas características e personalidades que devem ser procuradas em um líder.

 

Procurando um Homem com o Coração de Deus

 

O primeiro passo concentra-se na oração. Em oração, uma pessoa espera em Deus para indicá-la quem ama ao Senhor e verdadeiramente deseja lima vida de intimidade com ele. Da multidão de discípulos que seguiram Jesus foi importante selecionar doze para aprender com ele e sair para pregar (Mc 3.14). Jesus investiu uma noite inteira em oração antes de escolher os doze homens que se tornariam apóstolos (Lc 6.12).

Os onze apóstolos oraram para Deus intervir na seleção do sucessor de Judas (At 1.24-26). Foi durante o período de oração e jejum dos principais líderes da Igreja em Antioquia que o Espírito Santo disse: "Separai-me, agora, Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado" (At 13.2-3). É provável que a seleção de Timóteo para liderar a Igreja depois que os anciãos tinham imposto suas mãos sobre ele e profetizado, foi acompanhada de oração de fé (1Tm 4.14).

 

Procurando um Homem Aprovado

 

Se um líder causou problemas em sua posição anterior, somente uma evidência muito forte, indicando uma mudança para melhor, será o sinal de uma boa escolha. Uma denominação evangélica no México colocou como regra para a ordenação vários passos necessários para o pastorado. Somente os homens que tivessem cruzado, de forma bem-sucedida, esses passos passariam pela ordenação. Os passos são os seguintes: 1) Se um jovem alegasse ter recebido o chamado ao ministério, ele seria solicitado a investir um ano evangelizando e distribuindo folhetos evangelísticos. 2) Se ele demonstrasse certa habilidade em convencer pessoas a considerarem Cristo, ele, então, seria solicitado a começar uma congregação ou um ponto de pregação. Se ele fosse bem sucedido em trazer um grupo de pessoas para regularmente adorar a Deus e ouvir a sua Palavra, ele poderia prosseguir ao terceiro passo. 3) Ele seria solicitado a servir como assistente de um pastor.

Assim, poderia aprender não somente os segredos de um ministério bem sucedido, como também, o pastor poderia avaliar sua atitude de servo por um ano. 4) Com a confirmação do pastor, ele era, então, obrigado a completar o curso de seminário ou escola bíblica. 5) Após o término bem-­sucedido dos seus estudos teológicos, ele seria submetido a uma série de três dias de perguntas feitas por pastores. Se estes finalmente ficassem convencidos de que ele tinha as qualidades e o conhecimento necessário para o pastorado, eles recomendariam a ordenação do candidato.

Observe as vantagens que esse método de seleção tem sobre a forma normalmente utilizada para escolha de líderes para uma igreja ou uma organização cristã.

A. É bíblico. Note que o candidato de Paulo para o ministério não pode ser um novo convertido. Ele precisa ser de boa reputação (1 Tm 3.6-7). Paulo revelou uma atitude semelhante quando afirmou sua própria filosofia de ministério: "[...] O qual nós anunciamos, advertindo a todo homem e ensinando a todo homem em toda a sabedoria, a fim de que apresentemos todo homem perfeito em Cristo" (Cl 1.28).

Tiago escreveu: "Meus irmãos, não vos torneis, muitos de vós, mestres, sabendo que havemos de receber maior juízo" (3.1). Pedro escreveu para os anciãos na Ásia Menor, indicando que ele tinha em mente os homens mais experientes e aprovados nas igrejas (1Pe 5.1; At 14.23). Hebreus sugere que a função de liderança dos mestres deve ser reservada àqueles que tem estado na igreja por tempo suficiente para serem provados (5.11-14).

B. É prático. A sabedoria demanda que um líder seja maduro, e não infantil. Isso significa que a elasticidade emocional substitui a infantilidade emocional de altos e baixos. Examine a história de Saul outra vez e note a evidência clara de uma personalidade despreparada de experiência e de maturidade para governar a nação. A maneira que ele explicou a sua desobediência (1 Sm 15.15) demonstra claramente um raciocínio de ordem emocional, carente de princípios.

A igreja em Corinto sofreu da praga de líderes imaturos e infantis que dividiam o Corpo de Cristo em facções e criavam tensão através de inveja t: de discórdia (1 Co 3.1-3). Quando homens jovens são entregues a posições de liderança, gradativamente, e avaliados a cada novo estágio, a boa qualidade de liderança torna-se quase que uma certeza.

C. É previsível. Um líder desaprovado pode conduzir uma igreja ou urna nação ao caos porque ninguém sabe como ele usará o poder que controla. "Poder tende a corromper; poder absoluto corrompe completamente"[6] é mais que um slogan. A história mostra quão rapidamente os ideais da Igreja ou da nação são desviados do propósito original dos fundadores quando seus líderes não abraçam os mesmos princípios.

 

Procurando um Homem Disponível

 

A habilidade e o talento valem muito pouco para os líderes que não estão disponíveis, dispostos e prontos a servir. Paulo mencionou este primeiro passo: "Fiel é a palavra: se alguém aspira ao episcopado, excelente obra almeja" (1Tm 3.1). Paulo certamente conhecia líderes que queriam a função ou o título, mas que estavam pouco preparados para o serviço. Timóteo era excepcional, como a carta de Paulo aos filipenses pode confirmar. Em seu desejo de mandar alguém para ministrar e aconselhar a igreja, Timóteo sobressaiu-se como a escolha óbvia, pois ele não tinha empecilhos com preocupações irrelevantes. "Porque a ninguém tenho de igual sentimento que, sinceramente, cuide dos vossos interesses; pois todos eles buscam o que é seu próprio, não o que é de Cristo Jesus" (Fp 2.20¬21). Além do mais, Paulo exortou Timóteo para escolher homens que continuassem na obra de Deus em Éfeso, e que fossem como soldados que cuidadosamente evitam se envolver nas questões civis. Do contrário, ele desagradaria aquele que o alistou (2Tm 2.4).

O mesmo é verdade para o atleta. Que estrela olímpica compete com êxito tendo sua atenção dividida? Para vencer, a pessoa precisa estar disposta, concentrada e determinada em seu coração para a vitória (cf. 2Tm 2.5). O serviço para Deus exige a diligência e a vontade séria para ser aprovado pelo Senhor (v.15). Será que Pedro não tratou deste mesmo assunto? "Pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade" (1Pe 5.2). Jesus certamente viu, debaixo das camadas de incompetência, inexperiência e imaturidade dos seus discípulos, homens que estavam dispostos, e até zelosos para servir. Isso explica a confiança com a qual Jesus chamou-lhes de suas diversas carreiras, prometendo fazer-lhes "pescadores de homens"(Mt 4.19).

A importância da disponibilidade e da disposição de se trabalhar para Deus pode ser mais claramente vista nas exigências que Jesus colocou sobre um homem que ele chamara para segui-lo. "Permite-me ir primeiro sepultar meu pai. Mas Jesus insistiu: Deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos" (Lc 9.59-60). Para outro candidato que se oferecera seguir Jesus depois de despedir-se de sua família, Jesus disse: "Ninguém que, tendo posto a mão no arado, olha para trás é apto para o reino de Deus" (vv.61¬62). Grandes recompensas estão reservadas para aqueles que deixam casas, famílias e campos para trabalhar para Deus (Mc 10.29-30). Esse é o tipo de desprendimento que bons líderes necessitam. Quando olhamos o sucesso extraordinário que Jesus atingiu através de homens que ele escolhera, vemos a verdade nesta definição: "Um líder é uma pessoa comum com uma determinação extraordinária". [7]

 

Procurando um Homem Que é Disposto a Ensinar e a Aprender

 

A liderança exige o conhecimento e o treinamento. Paulo usa a frase: "apto para ensinar" (1Tm 3.2). A habilidade para ensinar depende do desejo contínuo de aprender. Uma pessoa nunca deve dizer que já aprendeu, como se não precisasse mais crescer em entendimento. Depois de 80 anos de aprendizado na escola de Deus, o Senhor prometeu a Moisés: "Vai, pois, agora, e eu serei com a tua boca e te ensinarei o que hás de falar" (Ex 4.12). Quando Tiago avisa que um "maior juízo" aguarda mestres cristãos, é provável que não se referia aos erros daqueles que deliberadamente distorcem a verdade, mas daqueles que, através da preguiça e da ignorância, dão opiniões humanas, em vez da infalível Palavra de Deus. É tão comum ouvir em nossos dias mensagens que apresentam pouca profundidade e reflexão e raro interesse em expor o sentido verdadeiro do texto bíblico.

Porque a vida é dinâmica e o assunto muda constantemente, a liderança eficaz exige o crescimento e a adaptação constante.

De acordo com a pesquisa feita com milhares de líderes pela Escola de Missões Mundiais do Fuller (mencionada anteriormente), os líderes eficientes "mantém uma postura de aluno durante a vida inteira. Nunca param de estudar; lêem livros que aumentam seu conhecimento e ampliam seus horizontes. Assistem cursos para crescer e melhorar suas aptidões ministeriais”.

Pastores que não se aposentam enquanto têm voz audível e uma mente que raciocina bem, demonstram mais uma das características de líderes eficazes, segundo a pesquisa do Fuller. "Eles têm uma perspectiva vitalícia de ministério. Pretendem continuar a ministrar enquanto puderem. Amam o que fazem e nunca escolheriam parar de ministrar. Encaram o ministério como um privilégio".

O outro lado da moeda se mostra quando um líder idoso pára. de estudar e descobrir novas facetas da verdade. Passa a argumentar que tudo sempre fora feito assim e não enxerga o fato de que a dinâmica de sua liderança está se esgotando. A situação delicada pode ser contornada com muita dificuldade, a não ser que o líder venerável, mais idoso, se transfira para uma esfera menos exigente ou que ele "volte para escola".

A abertura para novas idéias significa que um líder tem um ouvido pronto para ouvir. Uma pessoa que arrogantemente crê que sabe muito mais do que seus seguidores, e que estudo é uma perda de tempo, encontrará desafios em sua liderança. A confiança que seus seguidores precisam manter será desgastada. Sua habilidade de efetuar mudanças nas vidas de outras pessoas será dissipada.

A seleção do líder da nação ou da igreja local, muitas vezes, será a decisão de maior importância que um grupo tomará. É o líder escolhido que determina o passo da organização, que direciona o rumo que ela seguirá. Muita reflexão e oração são os mínimos necessários que precisam ser investidos na escolha de um homem de Deus.

 

Procurando um Homem Perseverante

 

John Haggai, depois de examinar cuidadosamente personalidades históricas e compará-las com líderes atuais, chegou a seguinte conclusão: "Um fator distingue a organização que vence: a habilidade de permanecer".[8] A persistência vem com a firmeza das convicções que uma pessoa mantém. O percurso que ela escolhe é o escolhido por Deus. Esse percurso é mais digno do que qualquer outro.

Alguns dos heróis do Antigo Testamento demonstraram incrível persistência. Considere José durante o que parecia intermináveis anos na prisão. Moisés esperou quarenta anos na península do Sinai, pelo tempo de Deus, para livrar o seu povo. Samuel começou mais jovem do que qualquer outro homem de Deus a discernir a voz do Senhor. Ele permaneceu fiel até o último instante de sua vida. Começar bem é bom, mas terminar bem é muito melhor. Olhando para a história dos diversos heróis da Bíblia, "a tão grande nuvem de testemunhas a rodear-nos", o autor de Hebreus exorta para que "desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta” (12.1).

Foi dito que John Wesley pregou cerca de 40.000 vezes. Ele andou a cavalo por volta de 400.000 quilômetros. Não é de nos surpreender que ele foi sozinho o homem que mais influenciou a Inglaterra em sua geração. Ele tinha persistência. Trabalhou incansavelmente para conquistar homens e mulheres para Cristo. Inspirou seguidores que tornaram o metodismo uma força poderosa para Deus que permanece até hoje. Deus o usou de forma poderosa porque ele não desistiu.


 

Capítulo 3

 

O CARÁTER DO LÍDER QUE DEUS USA

 

A liderança exige seguidores de confiança. A fé, no bom juízo e visão do cabeça de uma organização, durará somente enquanto o líder estiver dando à seus seguidores razões para nele confiar. A confiança tem suas raízes no caráter. É por isso que o caráter é central na liderança efetiva. Os líderes que apresentam os mais nobres traços de caráter não precisam se manter no poder por força bruta ou engano.

Stephen Covey escreveu em seu bestseller, The Seven Habits of Highly Effictive People, que a liderança e o gerenciamento são duas funções distintas.[9] O gerenciamento preocupa-se com o controle, a eficiência e as regras, enquanto que a liderança deve se preocupar com a direção, o propósito e o sentimento familiar.

A liderança sugere seguidores voluntários, ao passo que, o gerenciamento, muitas vezes, exige a obrigação e o dever. O cabeça da companhia pode ser considerado um bom gerente se ele toma decisões que aumentarão a rentabilidade da organização. A liderança deve ter uma visão maior, direcionada ao bem-estar, a longo prazo, de todas as pessoas beneficiadas pela organização. O gerenciamento preocupa-se com a qualidade do produto e seu bom nome, enquanto que, a liderança olha, em primeiro lugar, para a justificativa moral da fabricação do produto. "Gerenciamento é fazer as coisas de uma forma correta. Liderança é fazer as coisas corretas. Gerenciamento é eficiência subindo a escada do sucesso; liderança determina se a escada está posta contra a parede certa". [10]

O autor de Hebreus refere-se a liderança quando ele exorta seus leitores: "Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossa alma, como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo" (Hb 13.17). Um líder tem seu olho no Dia do Juízo, quando seus seguidores louvarão a Deus por ele, ou o condenarão por ter colocado pedras de tropeço no caminho deles. Os traços do caráter, que seguem abaixo, são seguros, à toda prova, no que diz respeito a um homem que é usado por Deus.

 

Santidade

 

A primeira exigência de um líder cristão é santidade. Ele precisa ser sensível ao pecado que outros possivelmente consideram aceitável. Isaías tornou-se sensível a sua fala impura logo que viu o Senhor exaltado no templo. O tremendo som da repetição de "santo é o Senhor dos Exércitos" pelo serafim, estarreceu-o (ls 6.1-3). Ele gritou:”Ai de mim! Estou perdido!" (v.5). Esse foi o efeito que a visão teve no jovem profeta.

É improvável que lsaías usara uma linguagem mais violenta, impura ou blasfema do que seus contemporâneos. Porém, um sentimento de culpa tomou conta dele no ambiente santo que enchera o templo. O véu, que separava a realidade do céu das coisas terrenas, foi partido. Deus preparou Isaías para liderar, fazendo-o completamente miserável diante de sua natureza pecaminosa.

Deus comanda todos os seus filhos: "Sede santos, porque eu sou santo" (IPe 1.16; Lv 11.44; 19.2). Ele, assim, revela ambos - a base e o padrão da santidade. O alicerce da santidade do líder está no caráter do Deus que ele está representando. Se a descrição, "homem de Deus", falha em representar a pessoa em comando, a organização cristã que ele lidera se sentirá mais livre para andar nas trevas. Um modelo com ações dúbias encoraja seguidores a dar "jeitinhos" e ser hipócritas. O comportamento não apropriado para um líder torna a nova natureza dos filhos da luz em uma farsa (Ef 5.8).

A santidade, do ponto de vista humano, coincide com boa reputação. Pedro não somente exortou os crentes da Ásia Menor para serem santos, mas para: "Manter exemplar o vosso procedimento no meio dos gentios, para que, naquilo que falam contra vós outros como de malfeitores, observando-vos em vossas boas obras, glorifiquem a Deus no dia da visita

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